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Gustavo Bebianno: um dos dois ministros do PSL. | José Cruz/Agência Brasil
Gustavo Bebianno: um dos dois ministros do PSL.| Foto: José Cruz/Agência Brasil

A iminente queda do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, abriu nos bastidores do governo uma disputa sobre o futuro da pasta. Militares e integrantes do PSL estão de olho no comando do ministério.

O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro e de Bebianno, defende que é necessário manter a representatividade da sigla, que ocupa hoje duas pastas no governo. Além do próprio Bebianno na Secretaria-Geral , o Ministério do Turismo também é ocupado por um membro do partido: Marcelo Álvaro Antônio. Ambos estão envolvidos na crise do esquema de candidaturas laranjas para desvio de verba pública eleitoral nas eleições passadas, período em que o PSL era presidido por Bebianno.

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A indicação de um nome do PSL é vista como improvável justamente pelo temor de que as suspeitas envolvendo repasses de verbas públicas a candidatos de Minas Gerais e Pernambuco sejam encontradas em outros estados do país e a crise se espalhe ainda mais pelo governo.

Aliados do general Mourão querem que ele ocupe a vaga

Desse modo, o núcleo militar do governo ganha força para ficar com a vaga de Bebianno. O favorito é o general Floriano Peixoto, hoje secretário-executivo do ministério. A ideia é que, confirmada a demissão do titular, prevista para esta segunda-feira (18), ele passe a ocupar interinamente a função.

Peixoto é general da reserva do Exército e foi comandante da missão no Haiti. Chegou a ser indicado por Bebianno para assumir a Secretaria de Comunicação Social (Secom) durante o governo de transição, mas teve seus planos frustrados quando Bolsonaro retirou o órgão da pasta de Bebianno. À época,  Floriano Peixoto chegou a fazer um pente-fino nos contratos de publicidade do governo, promessa de campanha do presidente.

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Além dele, um outro militar da reserva está na lista de possíveis ocupantes do cargo, o general Maynard Marques de Santa Rosa, que hoje ocupa a Secretaria de Assuntos Estratégicos do ministério. Já aliados do general Hamilton Mourão, defendem que o vice-presidente seja o novo chefe da Secretaria-Geral. Mourão já disse em entrevistas que gostaria de ter uma função administrativa no governo.

Secretaria-Geral também pode ser extinta

Há ainda a possibilidade de o presidente Bolsonaro extinguir a Secretaria-Geral, que ficou esvaziada depois que ele removeu de sua estrutura a Secom e o o PPI (Programa de Parcerias e Investimentos), que foram para a Secretaria de Governo.

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