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O presidente eleito Jair Bolsonaro está com a equipe quase completa: número de ministérios pode chegar a 21. | Wilson Dias/Agência Brasil
O presidente eleito Jair Bolsonaro está com a equipe quase completa: número de ministérios pode chegar a 21.| Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou mais três nomes para o primeiro escalão do seu governo, nesta quarta-feira (28), em coletiva de imprensa ao lado do ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, futuro ministro da Casa Civil, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília.

Gustavo Canuto foi indicado para o novo Ministério do Desenvolvimento Regional. O deputado do MDB Osmar Terra (RS) para o recém-criado Ministério da Cidadania e o deputado do PSL Marcelo Álvaro Antônio (MG) para o Ministério do Turismo.

Com esses nomes, chega a 19 o número de ministérios de Bolsonaro – incluindo o Banco Central –, mas esse número pode chegar a até 21.

Gustavo Canuto no Desenvolvimento Regional

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto vai assumir em janeiro a nova pasta do Desenvolvimento Regional, que deve contemplar Cidades e a Integração Nacional. Ele é servidor efetivo do Ministério do Planejamento e atual secretário-executivo do Ministério da Integração.

É formado em Engenharia de Computação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e em Direito pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB).

Nos últimos dois anos, foi chefe de gabinete do então ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (MDB), governador eleito do Pará. Também já assumiu compromissos de trabalho nas Secretarias de Aviação Civil e Geral da Presidência da República, além da Agência Nacional de Aviação Civil, segundo seu perfil na página do Ministério da Integração.

Canuto deverá gerir programas importantes como Minha Casa Minha Vida, de habitação, e ações relacionadas a obras contra a seca e infraestrutura hídrica.

Osmar Terra na Cidadania

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O deputado gaúcho Osmar Terra é o primeiro nome do MDB escolhido para o primeiro escalão de Bolsonaro, o que pode indicar um apoio futuro da legenda ao próximo governo. O Ministério da Cidadania vai abrigar as atuais pastas do Desenvolvimento Social, Esporte e Cultura e cuidará do Bolsa Família.

Terra já comandou a pasta de Desenvolvimento Social na gestão do presidente Michel Temer, responsável pelo Bolsa Família. Ele promoveu um pente-fino na concessão dos benefícios, cancelando pagamentos irregulares.

Ele deixou o cargo em abril para concorrer à reeleição na Câmara. Foi reeleito com 86.305 votos.O nome dele é uma indicação da bancada social, que reúne parlamentares dessa área na Casa.

O deputado tem um histórico de críticas a propostas que visam legalizar ou descriminalizar o uso de drogas no Brasil. Nas redes sociais, o futuro ministro se posiciona de forma contundente contra a legalização da maconha em uma série de publicações. No guarda-chuva da pasta a ser comandada por ele, estará parte da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), hoje no Ministério da Justiça.

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“Não há experiência no mundo que mostre redução da violência com a liberação de consumo de drogas”, escreveu Osmar Terra em sua conta no Twitter em julho deste ano. “Legalizado o consumo de maconha no Uruguai, aumentaram os homicídios, os estupros e cresceram em 50% os assaltos com violência. ‘Parabéns’ para o Mujica...”, afirmou em outro comentário, no mês anterior.

Segundo Terra, ele não ficará responsável pela área de Direitos Humanos e haverá outra pasta ou secretaria para cuidar do assunto, assim como a atual Secretaria das Mulheres. Ele também disse que a Cidadania pode ficar com algumas atribuições do atual ministério do Trabalho, mas não soube detalhar de que forma isso acontecerá.

Marcelo Álvaro Antônio no Turismo

Foto: Lúcio Bernardo Júnior/Agência Câmara

O deputado mineiro Marcelo Álvaro Antônio, na verdade, se chama Marcelo Henrique Teixeira Dias. Álvaro Antônio (1938-2003) era seu pai, ex-vereador, deputado e vice-prefeito de Belo Horizonte.

Eleito para o segundo mandato, o parlamentar já foi do PRP e do PR, sigla pela qual disputou a prefeitura de Belo Horizonte, em 2016, e foi derrotado. Em 2017, filiou-se ao PSL de Bolsonaro, de quem tornou-se especialmente próximo depois do atentado que o presidente eleito foi vítima, em Juiz de Fora (MG). Marcelo estava lá no dia do ataque a faca sofrido pelo presidente eleito.

Oficialmente indicado pela bancada temática do turismo no Congresso, o nome de Marcelo também acalma o PSL, partido do presidente eleito que já se queixava nos bastidores de falta de representatividade no futuro governo.

Esta é a segunda indicação de um nome da sigla para cargo do primeiro escalão. Além de Antônio, o ex-presidente do PSL Gustavo Bebianno foi escolhido para a pasta da Secretaria-Geral.

O parlamentar integra a frente religiosa, sendo ligado à Igreja Maranata. Nos bastidores, ele também era cotado como candidato do PSL à presidência da Câmara dos Deputados. Na Casa desde 2014, Marcelo Álvaro integrou as comissões de Minas e Energia, Finanças e Tributação, Viação e Transportes, além de comissões externas sobre o zika vírus e a situação hídrica dos municípios de Minas Gerais.

O futuro ministro não completou a graduação em Engenharia Civil pela UniBH.

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