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O general Augusto Heleno estava cotado para assumir o Ministério da Defesa no governo Bolsonaro, mas destino pode ser outro. | Valter Campanato/ Agência Brasil
O general Augusto Heleno estava cotado para assumir o Ministério da Defesa no governo Bolsonaro, mas destino pode ser outro.| Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

Aos poucos Jair Bolsonaro vai montando seu ministério e anunciando nomes. Ele disse nesta terça-feira (6) que até a próxima sexta-feira (9) define o nome de quatro novos ministros: Agricultura, Meio Ambiente, Relações Exteriores e Infraestrutura.

A principal novidade na conversa com jornalistas nesta tarde foi o anúncio do possível deslocamento do general Augusto Heleno do Ministério da Defesa para o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Essa é a vontade do presidente eleito.

“Quem pode se dar ao luxo de privar da companhia do general Heleno. Se depender de mim, ele vai para o GSI. Se ele achar melhor a Defesa...”, disse Bolsonaro.

Se Heleno for mesmo para o GSI, a Defesa tenderá a ficar nas mãos do atual ocupante do posto, o também general da reserva Joaquim Silva e Luna, que assumiu em fevereiro. A avaliação entre bolsonaristas é de que Silva e Luna trouxe maior racionalidade a alguns processos da pasta. Além disso, dizem, a presença maior de militares em postos-chaves do ministério facilitou interlocução com as Forças.

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Sobre não mais fundir Agricultura e Meio Ambiente, Bolsonaro disse que ceder significa “engrandecer”. Ele repetiu que as escolhas estão seguindo critérios técnicos e não políticos e contou que foi procurado por um partido que ofereceu apoio por cargos. Mas não citou qual. Ele respondeu ainda que “com certeza” seu ministério terá ao menos a presença de uma mulher.

Sobre o destino do senador Magno Malta (PP-ES), ele afirmou que o seu quase vice terá um lugar no governo, mas não sabe qual ainda. “Estamos conversando. O Magno Malta pesou na minha campanha. um peso. Ele seria meu vice, mas disse que não ia sê-lo. Não teve sucesso no Senado. Não podemos prescindir do apoio dele”. Especula-se que ele possa assumir um futuro Ministério da Família, que reuniria as pastas do Desenvolvimento Social e dos Direitos Humanos.

O presidente eleito falou ainda de China e Israel. Ele recebeu autoridades chinesas em sua casa na segunda-feira (5). Durante a campanha, Bolsonaro fez duras críticas aos chineses e repetiu várias vezes que o Brasil não deve deixar ser dominado por eles. “Reafirmamos desejo de ter um comércio sem viés ideológico. Ele saiu bem impressionado”, garantiu.

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Ele falou também sobre consequências comerciais e diplomáticas contra o Brasil se levar a cabo a promessa de transferir a embaixada do Brasil de Telaviv para Jerusalém. Disse que essa medida ainda não está tomada. “Não é ponto de honra essa decisão. Quem decide onde é sua capital é o povo de Israel. Acho prematura anunciar retaliação ao Brasil sobre algo que não está decidido ainda”.

Bolsonaro aproveitou e anunciou que permanecerá no apartamento funcional da Câmara dos Deputados até a sua posse. Ele recusou o convite do presidente Michel Temer de se mudar para a Granja do Torto nesse período.

Relação com militares

Bolsonaro foi perguntado sobre a prioridade a encontros com autoridades militares nesses dois dias de sua passagem por Brasília. Entre hoje e quarta, ele vai se reunir, separadamente, com os comandantes das três forças também.

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Disse ter a garantia de seu futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que não haverá corte nos orçamentos dos comandos militares. “Segundo o Paulo Guedes não terão recursos contingenciados. Segundo o Paulo Guedes! Ele que manda na economia aí, tá ok?! É muito justo. É um reconhecimento ao que as Forças Armadas tem feito, ao brilhante serviço que prestam ao Brasil, em especial nos momentos difíceis”, disse Bolsonaro. “Sou oriundo da carreira. As Forças Armadas terão um lugar de destaque nesse governo”, completou o presidente eleito do país.

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