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O advogado Ricardo Salles, ex-secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo | Pedro Calado /Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo
O advogado Ricardo Salles, ex-secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo| Foto: Pedro Calado /Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou neste domingo (9) em seus perfis nas redes sociais a indicação do advogado Ricardo de Aquino Salles para comandar o Ministério do Meio Ambiente a partir de 1º de janeiro.‬ A pasta era a única das 22 que ainda aguardava uma indicação. Salles é advogado e foi secretário de Meio Ambiente de São Paulo entre 2016 e 2017, na gestão de Geraldo Alckmin.

Em sua primeira entrevista após a confirmação de Bolsonaro, Salles disse que defenderá o meio ambiente “sem ideologia” e respeitará o setor produtivo. “Respeitaremos todos aqueles que trabalham e produzem no Brasil, não só na agropecuária, mas todos os setores produtivos, inclusive na infraestrutura”, disse. Nesta segunda-feira (10), ele irá a Brasília para começar a trabalhar na equipe de transição do governo eleito.

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Salles concorreu ao cargo de deputado federal pelo Partido Novo nas eleições deste ano, mas não se elegeu. Ele também é um dos criadores do movimento Endireita Brasil.

Quando era secretário do governo do tucano, ele e mais duas funcionárias da sua equipe foram alvos de uma ação de improbidade administrativa por suspeita de esconder alterações em mapas do zoneamento ambiental do rio Tietê, na Grande São Paulo.

Questionado sobre sua relação com ambientalistas, Salles afirmou que “todos serão respeitados e ouvidos”.

Durante a campanha para deputado, Salles gerou controvérsia com uma publicação em rede social na qual associava uma imagem de munição de fuzil às seguintes bandeiras: “contra a esquerda e o MST”, “contra a bandidagem no campo”, “contra o roubo de trator, gado, insumos...” e “contra a praga do javali”.

O Ministério do Meio Ambiente foi alvo de polêmicas desde a campanha de Bolsonaro. Quando ainda era candidato, ele prometeu unificar a pasta à Agricultura, mas acabou desistindo após sofrer pressão de ambientalistas e de ruralistas. O presidente eleito também já defendeu acabar com o que chama “indústria de multas” no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e no ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

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A escolha para o ministério ocorre no rescaldo da repercussão negativa gerada pela desistência do governo brasileiro de sediar a Cúpula do Clima, Cop-25, em 2019.

Embora o Ministério das Relações Exteriores tenha justificado a mudança por ausência de Orçamento, no exterior, a medida foi vista como uma ação do governo Bolsonaro, que critica a ação de organizações internacionais em relação a assuntos do clima.

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