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Marcelo Álvaro Antonio, ministro do Turismo. | Valter Campanato/Agência Brasil
Marcelo Álvaro Antonio, ministro do Turismo.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Uma candidata a deputada estadual pelo PSL em Minas Gerais apresentou denúncia ao Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-MG), dia 19 de setembro, na qual acusa o atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, de tê-la chamado para ser “laranja” na eleição de 2018. Segundo ela, havia o compromisso de devolver à legenda parte do dinheiro público que seria destinado a sua candidatura. O conteúdo da denúncia foi publicado nesta quinta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo.

Zuleide Oliveira, de acordo com o jornal, é a primeira a implicar diretamente Álvaro Antônio no caso. Como resposta à denúncia, ela recebeu uma mensagem automática por e-mail TRE-MG de que a apuração seria “devidamente encaminhada”. No dia 20, uma outra candidata supostamente envolvida, a aposentada Cleuzenir Barbosa, entregou ao Ministério Público mensagem em que um assessor parlamentar do hoje ministro cobra a devolução de verba pública de campanha para destiná-la a uma empresa ligada a outro assessor do político.

Além do texto da denúncia encaminhada à Justiça Eleitoral, a Folha informou ter tido acesso a emails e mensagens de áudio trocados por Zuleide com cinco dirigentes do PSL mineiro, comandado à época por Álvaro Antônio, incluindo um recado escrito por Rodrigo Brito, então assessor parlamentar do ministro, com o endereço do escritório do político em Belo Horizonte.

Zuleide teve posteriormente o pedido de registro de candidatura indeferido pela Justiça Eleitoral. Ela se tornou ficha suja, após uma condenação em 2016, transitada em julgado, por uma briga com outra mulher. “Eles já sabiam que minha candidatura não ia dar em nada”, disse ela à Folha.

Segundo ela, a proposta feita por Álvaro Antônio era de um repasse de R$ 60 mil, dos quais ela teria de devolver R$ 45 mil. Procurado, o ministro não falou à Folha.

As primeiras reportagens sobre o suposto esquema comandado por Álvaro Antônio foram publicadas no dia 4 de fevereiro. O ministro continua no cargo, ao contrário de Gustavo Bebianno, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, citado em episódio similar, e demitido pelo presidente Jair Bolsonaro.

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