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| Foto: Mauro Pimentel/AFP

Militares das Forças Armadas que participam do cerco à Rocinha, favela em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro, foram orientados a retirar as balaclavas, espécie de touca ninja, com imagens de caveiras. Desde que os militares passaram a dar apoio às operações policiais na favela, na última sexta-feira (22), homens com farda das Forças Armadas têm sido vistos com máscaras ou toucas que simulam o rosto de caveiras.

De acordo com a assessoria de imprensa do Comando Militar do Leste (CML), que coordena o uso dos militares nas operações policiais, a balaclava é prevista no uniforme de combate, mas só são permitidas toucas nas cores preta ou azul. Qualquer outra cor, imagem ou inscrição não estão contempladas no uniforme. Segundo o CML, será apurado o uso indevido do uniforme militar e os responsáveis podem ser punidos.

O rosto de caveira estampado em balaclavas é algo utilizado em zonas de guerra ao redor do mundo. O objetivo é, além de esconder a identidade do soldado, provocar medo no inimigo. A vestimenta foi popularizada no mundo dos videogames de guerra.

Manifestantes radicalizados também costumam fazer o uso das máscaras de caveira para esconder seus rostos em protestos violentos. Moradores relataram desconforto com o item. Toucas ninja são comumente utilizados por policiais em operações no Brasil.

No Rio, muitas vezes são usados por policiais por questões de segurança. Muitos agentes que combatem o tráfico são também moradores de áreas conflagradas. O uso é questionado por moradores e especialistas em segurança porque ele poderia dar margem para abusos policiais.

Moradores da Rocinha têm se queixado que policiais têm invadido casas sem mandado judicial e revirado armários e gavetas em busca de elos de moradores com traficantes foragidos da guerra que teve início no último dia 17 na favela.

Em meio à rotina de violência, as tropas das Forças Armadas distribuem, nesta quarta-feira (27), doces de São Cosme e Damião na comunidade.

A distribuição de doces às crianças é uma tradição no Rio. Segundo o CML, a iniciativa partiu da própria tropa que atua na Rocinha, sem ligação com o comando da operação.

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