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Bolsonaro vai passar por uma cirurgia 20 dias antes da posse para retirar a bolsa de colostomia que tem usado desde que foi atacado com uma faca, em setembro | Evaristo Sa/AFP
Bolsonaro vai passar por uma cirurgia 20 dias antes da posse para retirar a bolsa de colostomia que tem usado desde que foi atacado com uma faca, em setembro| Foto: Evaristo Sa/AFP

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) quer uma cerimônia mais curta e um ato ecumênico inédito na Catedral de Brasília para celebrar sua posse em 1º de janeiro. Assessores afirmam que o esquema de segurança e o tempo de duração do evento são hoje as principais preocupações da equipe.

Isso porque Bolsonaro terá passado por uma cirurgia 20 dias antes para retirar a bolsa de colostomia que tem usado desde setembro, quando sofreu um atentado a faca, e deverá estar mais vulnerável. Integrantes do cerimonial do Congresso, porém, dizem que o protocolo deve ser mantido e que, se ele quiser reduzir a extensão da cerimônia de posse, vai precisar fazer um discurso mais curto.

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Lula e Dilma Rousseff, por exemplo, falaram por cerca de meia hora quando foram empossados, enquanto Michel Temer preferiu o silêncio na sua vez de assinar o livro de presidentes da República.

Bolsonaro pediu que um culto ecumênico fosse realizado na manhã do primeiro dia do ano – ele é católico e sua mulher, Michelle, evangélica –, uma novidade para o evento. Em 1995, com Fernando Henrique Cardoso, houve uma missa católica na catedral.

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Depois do ato na Catedral, Bolsonaro e Michelle seguirão para o Palácio do Itamaraty, onde será servido almoço para delegações internacionais. Autoridades de todos os países com embaixada no Brasil serão convidadas até o início da próxima semana.

A expectativa de aliados do capitão reformado é que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, compareça. Bolsonaro é admirador do americano e tenta replicar a postura do republicano no uso das redes sociais, fazendo anúncios importantes e ataques à imprensa via Twitter, por exemplo.

Posse no Congresso

Pouco antes das 15 horas, após o almoço no Itamaraty, Bolsonaro seguirá para o Congresso. A dúvida de sua equipe de segurança é sobre ir ou não em carro aberto – o Rolls-Royce Silver Wraith, de 1952.

A proteção do presidente neste dia é de responsabilidade do Exército e da Polícia Federal. Os policiais são responsáveis pela chamada segurança próxima, com profissionais que ficarão ao lado de Bolsonaro, enquanto os militares ficam encarregados do esquema de segurança da área.

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Na rampa do Congresso, os presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), vão receber o presidente eleito, que será empossado no plenário da Câmara após o Hino Nacional e um discurso do presidente do Senado, que deve durar oito minutos.

Depois de assinar o livro de posse – é o mesmo desde Deodoro da Fonseca – , Bolsonaro é empossado, passa a tropa em revista e segue ao Planalto para receber a faixa de Temer.

Visita ao Palácio da Alvorada e pernoite na Granja do Torto

O presidente eleito e a esposa decidiram se hospedar na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República, nesta quarta-feira (21). O local havia sido oferecido pelo presidente Michel Temer desde que Bolsonaro foi eleito.

O futuro presidente, contudo, preferiu, inicialmente, se hospedar no apartamento funcional de se filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Apenas nesta quarta, na terceira visita de Bolsonaro desde a eleição a Brasília, ele decidiu se mudar para o Torto.

A mudança ocorre após a visita da primeira-dama Michelle Bolsonaro à capital. Natural de Ceilândia, no Distrito Federal, Michelle ainda não tinha viajado a Brasília desde a eleição do marido. Ela visitou as instalações do Torto e do Palácio da Alvorada acompanhada da atual primeira-dama, Marcela Temer.

De acordo com pessoas próximas ao eleito, a decisão se deu por questões de segurança e pelo incômodo que a movimentação do comboio de seguranças de Bolsonaro trouxe à região do imóvel funcional.

A Granja do Torto, poucas vezes visitado pelo atual presidente, serviu de domicílio durante as transições governamentais aos ex-presidentes Lula, em 2002, e Dilma Rousseff, em 2010.

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