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 | João Ricardo/PTB/Flickr
| Foto: João Ricardo/PTB/Flickr

No discreto retorno ao mandato de deputada federal após a frustrada indicação ao Ministério do Trabalho, Cristiane Brasil (PTB-RJ) tem circulado pouco pela Câmara. A parlamentar se restringe a permanecer no gabinete, ou apartamento, e aparece no plenário para uma votação ou outra. 

Mas nunca está sozinha. Cristiane anda protegida por uma escolta policial. Ao menos um policial legislativo, ou uma policial, está sempre a seu lado. Mesmo dentro do plenário e até no cafezinho, espaços restritos a deputados e credenciados como assessores dos parlamentares e lideranças e jornalistas, um desses agentes está na sua cola. Até mesmo na liderança do PTB, seu partido, ela vai acompanhada pela escolta. 

Mas a segurança não se dá apenas no interior da Câmara, mas principalmente na rua. Há policiais no seu prédio, que a acompanham nas viagens ao Rio de Janeiro.

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A deputada contou à Gazeta do Povo que solicitou a escolta ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no dia seguinte à exibição pelo programa Fantástico de gravações que comprometem sua atuação política, no início de fevereiro. No centro de uma polêmica por ter sido indicada para a pasta do Trabalho mesmo condenada em ação trabalhista, a parlamentar aparece num áudio exibido pela reportagem da TV Globo pressionando servidores da Secretaria Especial do Envelhecimento do Rio, da qual era titular em 2014, a votarem nela sob o risco de perderem seus empregos se a petebista não fosse eleita. E se elegeu. Além disso, a deputada é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta associação ao tráfico. 

Cristiane Brasil afirmou à reportagem que foi alvo de ameaças nesse período de dois meses que ficou no noticiário enquanto lutou para ocupar o ministério do governo Michel Temer. "Depois da exibição desses áudios, no dia seguinte pedi ao Rodrigo para ser acompanhada pelos segurança. Sofri ameaça sim. Fui hostilizada na rua. Vivi esse tipo de situação", afirmou a deputada, que disse também ter necessitado de acompanhamento médico. 

"Foi constatado por um médico que eu tinha uma fobia. Não conseguia andar nas ruas, aqui na Câmara, mas hoje já estou pronta. Já me sinto fortalecida para voltar. Pronta para deixar meu anonimato", afirmou ela, que disse ainda que irá dispensar os seguranças e policiais. "Agora nem aguento mais essa escolta atrás de mim".

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