Conheça o caça que é a nova dor de cabeça de Lula

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Tríplex do Guarujá, sítio de Atibaia, terreno para o Instituto Lula, apartamento em São Bernardo do Campo. Os imóveis têm sido a grande dor de cabeça do ex-presidente Lula (PT) com a Justiça. Mas os problemas do petista com a lei não estão apenas na terra; mas também no ar: os caças suecos Gripen NG.

Em 2013, o governo Dilma Rousseff (PT) fechou a compra de 36 unidades desse avião de combate para reequipar a Força Aérea Brasileira (FAB), num negócio que vai custar US$ 5,4 bilhões ao Brasil . O caso acabou indo parar na Operação Zelotes.

Lula virou réu, na Justiça Federal de Brasília, acusado de tráfico de influência para que o governo escolhesse os caças Gripen – que venceram na concorrência internacional os caças Rafale (França) e F-18 (EUA). O ex-presidente também é acusado, nesse caso, de ter intermediado o pagamento de R$ 2,5 milhões de propina para um de seus filhos, Luis Cláudio Lula da Silva.

Assista a dois vídeos do caça Gripen em ação

O processo está chegando à fase final e o depoimento de Lula ao juiz do caso, Vallisney de Souza Oliveira, considerado o Sérgio Moro de Brasília, havia sido marcado para 21 de junho. Mas, na véspera do depoimento, o desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1), aceitou o pedido da defesa de Lula para adiar a audiência. Guedes não determinou nova data para o interrogatório.

Saiba todos os detalhes de como é o caça Gripen NG

O ex-presidente nega as acusações. Lula, quando era presidente, até mesmo chegou a anunciar que o Brasil compraria o Rafale, da França – decisão que acabou sendo mudada no governo Dilma. A FAB também já afirmou que a escolha foi estritamente técnica, pois o Gripen seria o modelo de caça mais adequado às demandas do Brasil.

Mas, afinal, que aeronave é essa que pode complicar a vida de Lula?

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Veja imagens do caça Gripen

Conheça todos os detalhes do caça que é a nova dor de cabeça de Lula

Modelo: Gripen NG, uma variante brasileira do Gripen E.

Fabricante: Saab (Suécia), numa parceria com a Embraer e a AEL Sistemas. O Brasil receberá transferência de tecnologia.

Quantidade que será comprada pelo Brasil: 36 caças

Custo da aquisição: US$ 5,4 bilhões total (US$ 150 milhões por unidade)

Quando chegam os caças ao Brasil: as primeiras unidades devem ser entregues em 2019, segundo o governo brasileiro. As últimas, em 2024.

Países que usam o Gripen: Suécia, República Tcheca, Hungria, África do Sul e Tailândia têm frotas para ações de combate e defesa. O Reino Unido usa o caça para treinamento de seus pilotos.

Unidades produzidas até o momento: 247

Histórico: em 1979, a Suécia começou a desenvolver o projeto do Gripen. O primeiro protótipo foi lançado em 1987. A primeira encomenda foi realizada em 1992. O modelo que será adquirido pelo Brasil é uma nova versão, atualizada do Gripen, chamada de NG (New Generation, “Nova Geração”). Desde que foi lançado, ocorreram nove acidentes do Gripen com perda total e uma morte registrada. O caça nunca foi testado numa situação real de combate. Fez apenas voos de reconhecimento na Líbia durante a ação da Otan que depôs o ditador Muamar Kadafi, em 2011

Características: é considerado um caça versátil e barato em comparação com outros modelos do mesmo segmento, podendo ser personalizado para atender a características demandadas pelo comprador. Do ponto de vista bélico, é uma aeronave multiuso: tem capacidade de realizar operações de reconhecimento de território e de combate ar-ar, ar-terra e ar-mar. É leve, fácil de pilotar e tem grande capacidade de manobras, mas não carrega tanto armamento como outros concorrentes do mesmo segmento. Tem um sistema inteligente de compartilhamento de informações com outras aeronaves da frota. A versão brasileira permitirá o “voo supercruzeiro”, termo para deslocamentos de longa distância realizado em velocidades supersônicas (o Brasil será o único país do Hemisfério Sul a ter caças com essas característica; os demais existentes atingem velocidades supersônica apenas durante combates curtos). Em relação às despesas, os 36 caças que serão comprados pelo Brasil custarão US$ 4,5 bilhões (os demais concorrentes custariam entre US$ 7,5 bilhões e US$ 8 bilhões). E o custo da hora-voo dos Gripen é de US$ 4 mil – contra até US$ 14 mil dos outros que disputavam a licitação.

Tripulação: 1 ou 2 tripulantes, dependendo da encomenda.

Motor: monomotor, um turbofan Volvo RM12, com empuxo 98 kN (cerca de 10 toneladas)

Comprimento: 15,2 metros

Largura (envergadura): 8,6 metros

Altura: 4,5 metros

Peso vazio: 8.000 kg

Peso máximo com armamentos: 16.500 kg

Capacidade de combustível: 3.400 kg

Distância mínima de decolagem e aterrisagem: entre 500 e 600 metros (opera até em rodovias de pista simples)

Velocidade máxima ao nível do mar: 1.400 km/h

Velocidade máxima em alta altitude: Mach 2 (duas vezes a velocidade do som, ou 2.469 km/h)

Altitude máxima: 52.500 pés (16 km)

Alcance vazio (sem carga): 4.000 km

Raio de ação em combate: de 1.300 km a 1.500 km

Tempo de autonomia num combate: 2 horas de voo (configuração ar-ar)

Armas que podem ser embarcadas: metralhadoras, canhões e mísseis

Reabastecimento de armas para retorno ao combate: 10 minutos (considerado muito rápido)

Número de técnicos necessários para reabastecimento e retorno ao combate: 6 (número considerado baixo)

Tempo de troca de motor em caso de necessidade: 1 hora

Fontes: Saab, FAB, Wikipedia

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