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| Foto: APU GOMES/AFP

Em mais uma queda de braço entre a juíza federal Carolina Lebbos, responsável pela execução penal do ex-presidente Lula, e a defesa e apoiadores do petista, o Partido dos Trabalhadores acusou nesta quinta-feira (26) a magistrada de cometer crime contra a humanidade. Em uma decisão desta quarta-feira (25), Lebbos negou a visita de médicos do ex-presidente à cela especial em que o petista está detido desde o dia 7 de abril.

“Lula tem 72 anos de idade; tratou-se de câncer na garganta detectado em 2011, vinha praticando exercícios físicos diariamente, sob supervisão do médico Rui de Oliveira, em São Bernardo do Campo (SP), e fazia avaliações cardiológicas (exames de pressão, por exemplo) periodicamente, exames para os quais se voluntariou o cardiologista Darley Wollmann, de Curitiba”, reclamou o partido, em nota assinada pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann, o senador Lindbergh Farias e o deputado federal Paulo Pimenta.

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O pedido para que os médicos visitassem o petista foi feito na sexta-feira (20) e reforçado nesta quarta-feira (25). Os advogados alegaram que desde que foi preso Lula não passou por “qualquer exame de rotina como habitualmente vinha realizando”. A juíza decidiu negar o pedido alegando que não houve “indicativo de urgência” e que já havia pedido informações à PF “a fim de subsidiar a análise judicial”.

O PT reclama do isolamento do petista e classifica a decisão de Lebbos como “cruel e mesquinha”. “É um crime contra a humanidade, que terá repercussão internacional”.

Lula está preso na PF desde o dia 7 de abril. Ele se entregou à Polícia Federal dois dias depois que o juiz federal Sergio Moro decretou a prisão, com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de execução da pena a partir de condenação em segunda instância. Lula começou a cumprir a pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá.

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