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Os advogados do ex-presidente Lula protocolaram nesta quarta-feira (19) na Justiça Federal de Curitiba novos documentos que, segundo a defesa, provam que Lula não é o dono do tríplex no Guarujá. Os documentos dizem respeito a um processo de recuperação judicial da OAS, que trata o tríplex que seria de Lula como propriedade, na verdade, da empreiteira.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Lula teria recebido “benesses” da empreiteira OAS – uma das líderes do cartel que pagava propinas na Petrobras - em obras de reforma no apartamento 164-A do Edifício Solaris. O prédio foi construído pela Bancoop (cooperativa habitacional do sindicato dos bancários). O imóvel foi adquirido pela OAS e recebeu benfeitorias da empreiteira. Os procuradores da Lava Jato acusam na Justiça Lula de ser o verdadeiro dono do tríplex que estava em reforma.

“Segundo a administradora judicial, naquele empreendimento (Solaris) há duas unidades que ainda integram o patrimônio da OAS Empreendimentos S/A, sendo uma delas a unidade que o MPF atribui a propriedade” a Lula, diz a petição dos advogados Roberto Teixeira, Cristiano Zanin Martins e José Roberto Batochio.

Durante coletiva de imprensa realizada nessa quarta-feira (19) em São Paulo, o advogado Cristiano Zanin Martins afirmou, ainda, que os réus que respondiam a um processo sobre o tríplex na Justiça em São Paulo foram absolvidos nesta terça-feira (18) pela juíza que conduz o caso. “Ontem todos os acusados foram sumariamente absolvidos pela Justiça de São Paulo porque a juíza entendeu que há diversos motivos para essa absolvição sumária”, disse.

Entre os réus em São Paulo estava, inclusive, o executivo Leo Pinheiro, da OAS, que também é réu em Curitiba. O ex-presidente, porém, não estava entre os réus, já que o caso dele veio para as mãos do juiz Sergio Moro. “Em um determinado momento a juíza aqui de São Paulo entendeu que o ex-presidente Lula deveria ser julgado em Curitiba e não aqui em São Paulo então o caso dele foi remetido à Curitiba”, explicou Zanin.

Nesta quinta-feira (20), o juiz federal Sergio Moro vai começar a ouvir os réus do processo, que corre em Curitiba. Os primeiros a falar serão os executivos da OAS Leo Pinheiro e Agenor Franklin Medeiros. Na semana que vem será a vez dos demais executivos da empresa acusados no processo: Fabio Yonamine, Paulo Gordilho e Roberto Ferreira, além do presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto.

O interrogatório do ex-presidente Lula no processo está marcado para o dia 3 de maio, às 14 horas, em Curitiba. Grupos contrários e de apoio ao ex-presidente já organizam manifestações na capital paranaense na data da oitiva. Será a primeira vez que Lula virá à Curitiba para o processo. No ano passado o ex-presidente já havia sido ouvido por Moro, mas como testemunha de defesa do ex-deputado federal Eduardo Cunha.

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