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O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta quarta-feira (07) que a deputada federal Tereza Cristina da Costa Dias (DEM-MS) será a ministra da Agricultura. O anúncio foi feito através da conta de Bolsonaro no Twitter. Ela é a primeira mulher a compor o primeiro escalão do governo.

O nome é uma indicação de representantes da Frente Parlamentar da Agricultura, que estiveram nesta tarde no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde foi montada a estrutura para o governo de transição do presidente eleito.

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A deputada chefiou a comissão que aprovou o projeto de lei que facilita o uso de agrotóxicos no país, chamada pela oposição de “PL [projeto de lei] do Veneno”. Tereza é presidente da Frente Parlamentar e foi apelidada pelos colegas de “Musa do Veneno” em um jantar em Brasília realizado em junho para comemoração da aprovação do projeto.

Tereza Cristina está em seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados. Durante a campanha eleitoral deste ano, ela apoiou o presidente eleito. Antes de se filiar ao DEM, a deputada era do PSB. Ela pediu desfiliação do partido antes de ser expulsa pela direção nacional. Tereza Cristina contrariou o PSB ao votar contra o prosseguimento de uma denúncia contra o presidente Michel Temer (MDB) e ao votar a favor da reforma trabalhista.

Engenheira agrônoma e empresária, Tereza Cristina tem uma longa trajetória no setor. Ela foi secretária de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de Mato Grosso do Sul durante o governo de André Puccinelli (MDB).

Repercussão positiva

A indicação foi bem aceita pelo agronegócio. Em nota, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirmou que Tereza Cristina terá condições de trabalhar a favor do agronegócio e construir uma agenda conjunta com o setor para o desenvolvimento agropecuário.

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Marcelo Vieira, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), diz que Tereza Cristina é grande gestora. O desafio dela, segundo ele, será o de montar uma boa equipe. “Temos deficiências que precisam ser resolvidas, entre elas as de regulação e as vindas do mercado externo.”

Tereza Cristina não era a preferência de Antonio Galvan, presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso). Ele preferia Nabhan Garcia, da União Democrática Ruralista, mas disse que a deputada é produtora e tem bagagem administrativa. “Vamos estar juntos a partir de agora.”

André Nassar, presidente-executivo da Abiove (Associação Nacional das Indústrias de Óleos Vegetais), diz que é uma parlamentar que combina visão política e técnica. Para Antônio Alvarenga, presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), os desafios que ela vai enfrentar são grandes, como a questão tributária, o aprimoramento do seguro rural e o mercado externo.

Sexto nome confirmado

Esse é o sexto nome confirmado por Bolsonaro para a Esplanada dos Ministérios. Também já estão confirmados os nomes de Paulo Guedes, no Ministério da Economia; do juiz Sergio Moro, no Ministério da Justiça; do o tenente-coronel e astronauta Marcos Pontes, no Ministério da Ciência e Tecnologia; do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), na Casa Civil; e do general Augusto Heleno, no Gabinete de Segurança Institucional.

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