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 | Rafael Carvalho/Governo de transição
| Foto: Rafael Carvalho/Governo de transição

Um grupo privilegiado de deputados que não conseguiu a reeleição não vai ficar ao relento no governo do amigo Jair Bolsonaro. O presidente confirmou na terça-feira (27) que criará um grupo de ex-congressistas que vai atuar, sob o comando do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, no contato com os parlamentares no Congresso Nacional. Eles terão cargos no governo.

“Estamos montando um grupo de ex-parlamentares para agir nessa área, no contato com o Parlamento”, anunciou Bolsonaro.

Ainda não está definido o número de assessores – assim devem ser qualificados –, nem a lista completa está fechada.

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Entre esses deputados, houve quem brigou por um espaço mais ambicioso, como um ministério. É o caso do deputado mineiro Leonardo Quintão (MDB), que se aproximou do presidente eleito entre o primeiro e o segundo turno, fez várias visitas a ele e trabalhou para ser indicado para o Ministério das Minas e Energia. Ele não foi reeleito para a Câmara.

O deputado Marcelo Squassoni (PRB-SP), que também não se reelegeu, é nome dado como certo nesse grupo de assessores do presidente eleito. Do partido de Bolsonaro, o PSL, o deputado Professor Victório Galli (MT) é também cotado para integrar a turma de apoio do futuro governo na Câmara. Ele é um apoiador entusiasta de Bolsonaro desde o início do ano, e não se aproximou do novo presidente somente quando foi vislumbrada a perspectiva de vitória nas eleições.

Também está nessa relação o nome do ex-ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira, que ocupou esse cargo no governo Temer. Ele não se reelegeu deputado pelo PTB do Rio Grande do Sul e tem sido visto com frequência em fotos ao lado de Bolsonaro, tanto no Rio como em Brasília. O experiente deputado Hidekazu Takayama (PSC-PR), que está no seu quarto mandato mas não conseguiu o quinto, é outro nessa relação.

Muito próximo a Bolsonaro, o deputado Carlos Manato (PSL-ES) também é cotado para ser um do assessores especiais no Congresso. Ele disputou uma vaga para o Senado nestas eleições e não obteve êxito.

A relação do governo com o Congresso está sendo fatiada por Bolsonaro. Onyx Lorenzoni não terá a exclusividade no diálogo com deputados e senadores. O presidente eleito afirmou na terça que o ministro da Secretaria de Governo, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, vai atuar também nessa missão de aproximação com os congressistas.

“Todo mundo ali tem que jogar a bola para a frente. Diferentemente do que muitos pensam, o general Santos Cruz falam mais de um idioma, tem vivência fora do Brasil e foi um grande combatente. Vão se surpreender com ele no trato com os parlamentares por parte dele”, disse Bolsonaro.

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