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| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O desemprego no país vem crescendo desde 2014 e já alcança quase 14 milhões de pessoas. Mas a atual crise econômica mostra sua real gravidade quando se verifica que o desemprego tem aumentado entre os chefes de família, ou seja, aquela pessoa que é responsável pela renda de um lar. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, em março deste ano, enquanto a taxa de desemprego atingiu 13,7% da força de trabalho total do país, a taxa de desemprego das pessoas responsáveis pelo domicílio foi de 8,4%.

Entre 2012 e 2014, a média de desemprego entre os chefes de família era de 3,6% da força de trabalho, tendo crescido quase cinco pontos percentuais desde o início do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2015. A atual taxa de 8,4% equivale a 4 milhões de chefes de família procurando emprego no país. Os números constam em relatório preparado pela Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado.

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Esse é um dado que preocupa e deve ser olhado com atenção, avalia a IFI. “O tamanho do estoque de pessoas na condição de desemprego expõe a intensidade do ajuste provocado pela recessão econômica sobre o mercado de trabalho. A análise das estatísticas abertas por grupos populacionais permite dimensionar a gravidade do fenômeno”, segundo estudo do IFI publicado no início de julho.

“À medida que a economia voltar a crescer e gerar oportunidades de emprego, essas pessoas serão realocadas. No curto prazo, de todo modo, é um fator que tem implicações sociais relevantes e concorre para explicar a demora na reativação do consumo”, avalia a entidade.

Apesar de melhoras nos últimos meses, o desemprego ainda é crescente no país. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, foram fechados 749.060 postos de trabalho em doze meses até junho, quase 2% de todos os empregos com carteira assinada no país.

Neste ano há ligeira melhora na geração de vagas. A taxa de desemprego recuou de 13,6% em maio para 13,3% da força de trabalho em junho, quando foram criados 9.821 novos postos de trabalho com carteira assinada.

Outro dado positivo destacado pelo Ministério do Trabalho foi o crescimento do salário de admissão. Em comparação com 2003, os salários médios reais (descontando a inflação) na admissão dos empregados apresentaram aumento real de 46,47%, passando de R$ 999,28 em 2003 para R$ 1.463,67 em 2017.

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