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Primeiro turno das eleições acontece no dia 7 de outubro | TSE/Divulgação
Primeiro turno das eleições acontece no dia 7 de outubro| Foto: TSE/Divulgação

Se confirmados os nomes que se apresentam até o momento como pré-candidatos, a eleição para presidente em 2018 pode ser a mais inchada da história. A pouco menos de seis meses da data estabelecida para o primeiro turno — 7 de outubro—, 23 nomes aparecem como pré-candidatos à sucessão do presidente Michel Temer (MDB). Só 1989 registrou um número tão grande de concorrentes: 22.

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O cardápio, até o momento, vai de nomes já tradicionais da política a empresários pouco conhecidos do eleitorado, incluindo nesse universo um ex-presidente atualmente preso, outro ex-presidente que enfrentou processo de impeachment, ex-ministro do STF conhecido como ‘xerife’ de uma das maiores investigações contra corrupção, uma jovem deputada de 36 anos, um líder de movimento social de 35 anos e uma ex-apresentadora de telejornal.

É possível que o número de postulantes ao cargo de chefia do executivo do país seja outro até a data limite para o registro de candidatura, dia 15 de agosto. Há a possibilidade de que pré-candidatos ou partidos abram mão da corrida para firmar alianças, por exemplo, ou vejam sua candidatura se desidratar até o início do período eleitoral – a propaganda eleitoral passa a ser permitida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a partir de 16 de agosto.

Há a expectativa, por exemplo, se Lula, condenado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá, poderá manter a candidatura. Caso não seja possível, existe a possibilidade de o PT optar por um outro candidato; nomes como o do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e do ex-governador da Bahia, Jacques Wagner, são ventilados nos bastidores da legenda.

Há ainda a interrogação que se apresenta diante da candidatura à reeleição de Michel Temer(MDB). Isso porque o ex-ministro da Fazenda do seu governo e pré-candidato, Henrique Meirelles (PSD), era visto inicialmente como sua aposta para a sucessão presidencial. Mas o próprio presidente tem sinalizado a intenção de tentar se reeleger, mesmo diante de sua baixa popularidade e com a sombra das investigações que transformaram em réus alguns de seus amigos próximos.

Novatos

Paulo Rabello de Castro (PSC), Vera Lúcia (PSTU), Valéria Monteiro (PMN), Guilherme Boulos (PSOL) e João Amoêdo (Novo) têm em comum o fato de nunca terem sido eleitos para um cargo político, seja no legislativo ou no executivo - ou de indicação para o Judiciário. O que pode representar um ponto positivo para cada, uma vez que, diante dos escândalos recentes que varreram partidos grandes e nanicos, o momento é de incômodo com figuras tradicionais da política. Os cinco são pré-candidatos pela primeira vez à presidência da República.

Currículos pesados

Embora também sejam candidatos a um cargo eletivo pela primeira vez, Joaquim Barbosa (PSB) e Henrique Meirelles (PSD) se destacam entre o grupo de estreantes diante do eleitorado. Barbosa por sua atuação como relator no mensalão, primeiro grande processo de corrupção do país, no qual pediu a condenação de 40 réus.

Já Meirelles traz a esperança de se credenciar ao posto como responsável pela recuperação da economia, segundo analistas. Para ganhar visibilidade, aproximou-se dos evangélicos e contratou uma equipe para filmar seus compromissos públicos.

Possibilidades

Manuela D’Avila (PCdoB) e Jair Bolsonaro (PSC) já são parte da vida política do país, com mandatos vigentes na Câmara Federal. Já Flávio Rocha, dono das lojas Riachuelo, e pré-candidato pelo PRB, embora menos conhecido, foi candidato em 1994, então com 36 anos e com dois mandatos de deputado federal no currículo. João Vicente Goulart (PPL) é ex-deputado federal e filho do ex-presidente João Goulart, deposto pela ditadura militar em 1964.

Mais do mesmo?

Ciro Gomes (PDT), Aldo Rebelo (Solidariedade), Alvaro Dias (Podemos), Cristovam Buarque (PPS), Geraldo Alckmin (PSDB), o atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), o ex-presidente Fernando Collor (PTC), Marina Silva (Rede), e o atual presidente Michel Temer são também nomes que estão na pauta do processo eleitoral, ainda que suas candidaturas aguardem confirmação definitiva. Preso em Curitiba, Lula também é visto, no momento, como pré-candidato ao posto que já ocupou por duas vezes, entre 2003 e 2011.

Embora sejam candidatos à presidência da República pela primeira vez, Aldo Rebelo e Maia registram um longo caminho percorrido na vida política do país. Filho de Cesar Maia, Maia está no quinto mandato como deputado federal é atualmente presidente da Câmara. Rebelo foi presidente da Câmara entre 2005 e 2007 e ministro durante os governos Lula e Dilma.

Coadjuvantes históricos

O democrata cristão José Maria Eymael segue para sua quinta disputa pelo posto de chefe do executivo nacional - a sexta a um cargo executivo, contando com sua candidatura à prefeitura de São Paulo em 2012. Ex-deputado federal, já está confirmado como o pré-candidato pelo PSDC, partido que ajudou a fundar e do qual é presidente. Em todas as anteriores, não passou de figurante, com números pouco expressivos de votos.

Levy Fidelix (PRTB) é outro que tenta novamente a candidatura, mesmo depois de 11 tentativas frustradas de ser eleito a um cargo executivo. Para as eleições deste ano, o mentor de ideias pouco ortodoxas, como o Aerotrem e o navio-presídio, diz esperar reunir de 3 a 4 milhões de votos.

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