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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,8% no terceiro trimestre deste ano na comparação com os três meses anteriores. Em relação ao 3.º trimestre de 2017, o crescimento foi de 1,3%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador é usado para medir o desempenho da economia.

O crescimento de 0,8% já era esperado pelo mercado. Porém, a melhora é atribuída à base fraca de comparação, já que no segundo trimestre deste ano o crescimento foi de apenas 0,2%, devido à greve dos caminhoneiros.

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Para o ano, segundo o último Boletim Focus, os economistas acreditam que o PIB vai acumular alta de 1,36%, percentual ainda baixo para reverter tudo o que a economia encolheu durante os quase dois anos de recessão, entre 2014 e 2016.

Quem puxou a alta do 3.º trimestre

Os dados do IBGE mostram que todos os setores – agropecuária, indústria e serviços – tiveram expansão no terceiro trimestre deste ano, puxando a alta do indicador. A agropecuária teve crescimento de 0,7%, a indústria, 0,4%, e os serviços, 0,5%.

“Apesar de a agropecuária ter apresentado o maior crescimento, foram os serviços que mais influenciaram a taxa, já que são o setor de maior peso no PIB”, disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

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O destaque ficou com transporte, armazenagem e correio, que cresceram 2,6%. “Esse crescimento tem a ver com a greve dos caminhoneiros, um efeito de compensação após a paralisação ocorrida no segundo tri”, disse a pesquisadora. Ela destacou o crescimento do comércio, alinhado ao aumento do consumo das famílias.

Na agropecuária, o destaque foi de café e algodão, que tiveram ganho de produtividade. Por outro lado, cana-de-açúcar, mandioca, laranja e milho tiveram desempenho fraco.

Na indústria o destaque foi para indústrias de transformação, com alta de 0,8%. As indústrias extrativas e a construção subiram 0,7%.

Acumulado do ano

No acumulado em 2018, a economia cresceu 1,1%, segundo o IBGE. Indústria (0,9%) e serviços (1,4%) cresceram, enquanto a agropecuária caiu 0,3%. No acumulado dos quatro trimestres encerrados em setembro, a alta do PIB é de 1,4%

A previsão do governo é que a economia brasileira termine o ano com uma expansão de 1,4%, em linha com o que esperam economistas do mercado, que é de 1,36%. No início do ano, antes da paralisação dos caminhoneiros, ocorrida em maio, os economistas previam que o crescimento poderia encostar nos 3%.

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