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| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu neste sábado (8) que o Brasil deveria sediar um tribunal para julgar a cúpula do regime cubano por supostos “crimes contra a humanidade”. “Seria um motivo de satisfação para o Brasil, quem sabe, receber esse tribunal para julgá-los pelos crimes contra a humanidade cometidos pelo regime cubano”, afirmou o parlamentar durante a Cúpula Conservadora das Américas, evento organizado por ele em Foz do Iguaçu

Eduardo defendeu a realização do julgamento após a fala de Orlando Gutierrez, representante dos exilados cubanos nos Estados Unidos. Ao encerrar seu discurso inicial, Gutierrez pediu aos presentes que, como homens e mulheres livres, apoiem o pedido para que os líderes do regime sejam julgados por crimes contra a humanidade. Ele afirmou ainda que o comunismo “é a morte porque ele desnaturaliza o ser humano”.

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“Recentemente, o Eduardo Bolsonaro colocou uma foto em sua página (na internet) e provocou um grande ataque do regime porque eles sabem que a união de homens de boa vontade, homens livres, é o fim desse regime na América Latina”, disse Gutierrez.

O filósofo e guru do presidente eleito Jair Bolsonaro, Olavo de Carvalho, também defendeu a criação de um tribunal neste sentido. “Esses crimes têm que ser julgados, são crimes da maior gravidade. Temos que começar a investigar e punir esses crimes rapidamente”, disse.

Risos

Carvalho participou do evento por meio de uma videoconferência porque mora atualmente nos Estados Unidos. A falta de qualidade da transmissão gerou alguns momentos de risos da plateia.

Ao iniciar a transmissão, Carvalho foi pego de surpresa tentando acender um cachimbo, que foi guardado assim que ele percebeu que estava ao vivo. A plateia riu. Durante sua fala, Carvalho foi interrompido em alguns momentos para que houvesse a tentativa de melhora da transmissão. Ao voltar para o debate, filósofo apareceu novamente fumando seu cachimbo, o que gerou novas risadas por parte da plateia.

“Não seremos a nova Venezuela”, diz Eduardo

Ao dar início à Cúpula Conservadora das Américas, Eduardo Bolsonaro afirmou que o evento tem como objetivo dar continuidade ao crescimento que movimentos de direita têm conquistado no Brasil e em outros países, principalmente na América Latina.

“Nossa intenção é fazer com que esse movimento não acabe somente nessa eleição de outubro. É fazer algo permanente para que possamos ter um norte”, disse a uma plateia formada por aproximadamente 2 mil pessoas, de acordo com a organização. O evento é realizado em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, Eduardo arrancou aplausos da plateia ao dizer que a cúpula irá dizer “não ao socialismo e não ao Foro de São Paulo”, em referência à organização formada nos anos 80 por entidades e partidos de esquerda. “Não seremos a nova Venezuela”, encerrou o parlamentar.

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Também organizador do evento, o deputado federal Fernando Francischini defendeu a ideia de que é possível o país ser “liberal na economia, conservador nos costumes e com a família acima de tudo”.

A Cúpula Conservadora das Américas é organizada pela Fundação Indigo, do PSL. O presidente do partido, o deputado eleito Luciano Bivar (SP), destacou, ao fazer um breve discurso no início do evento, que, hoje, os cidadãos sabem que o Estado é ineficaz para produzir. “Temos como ponto de partida a igualdade de oportunidades”, disse.

Para ele, somente com esse ponto de partida é que pode haver liberalismo. O futuro parlamentar disse ainda que o socialismo defende como ponto de partida a igualdade de resultados, mas, para ele, esse modelo não deixa que o homem crie dentro de suas aptidões e desejos.

“Agora vamos dar um novo rumo, um novo viés político-ideológico para criar mais oportunidades de trabalho e bem-estar social para toda a América Latina”, disse.

Ao final do evento, a cúpula deverá lançar a “Carta de Foz”, um documento com os principais pontos discutidos ao longo deste sábado. O texto servirá de diretriz para movimentos de direita no continente americano, segundo os organizadores do evento.

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