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 | Pedro França/Agência Senado
| Foto: Pedro França/Agência Senado

A senadora gaúcha Ana Amélia (PP), 73 anos, será a candidata a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Geraldo Alckmin (PSDB). O anúncio oficial deverá ser feito nas próximas horas desta quinta-feira (2), após negociações feitas diretamente do gabinete de Ana Amélia no Senado. Ela havia sido procurada por Alckmin na quarta-feira (1º) e prometido 24 horas para dar uma resposta. O que impedia a parlamentar de aceitar o convite na hora era a questão regional, já que PP e PSDB disputariam o governo do Rio Grande do Sul em coligações opostas.

Mas, segundo a Gazeta do Povo apurou, o deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP) abriu mão da sua candidatura ao governo gaúcho e se lançará ao Senado, na vaga de Ana Amélia, na chapa do ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB). Heinze e o tucano até poucas horas atrás eram adversários.

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Nascida em Lagoa Vermelha (RS) e jornalista do grupo RBS por 33 anos, Ana Amélia termina em 2018 seu primeiro mandato. Estava empenhada em tentar a reeleição. Ao longo de oito anos no Senado, ela apresentou 91 projetos de lei e 14 propostas de emenda à Constituição. Seis propostas apresentadas ou relatadas por ela se tornaram lei.

As voltas que a política dá

O deputado Heinze esteve no gabinete de Ana Amélia. Entre o Senado e seu gabinete na Câmara, o deputado, ao telefone, foi costurando o acordo que assegura a presença da senadora progressista na chapa de Alckmin. A reportagem da Gazeta do Povo o acompanhou nesse trajeto. Ele confirmou que deixará de ser candidato ao governo e que disputará uma vaga no Senado na chapa do PSDB. “Já está feito o acordo. Vamos deixar a outra coligação e partirmos para um novo projeto. Sei que todos vão compreender”, disse Heinze.

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As voltas que a política dá. Heinze estava numa coligação que apoia Jair Bolsonaro (PSL) e, agora, vai trocar de lado numa reviravolta na disputa. Estará ao lado do grupo que apoia Alckmin e ainda na chapa dos tucanos. “A política é assim”, completou.

“Abro mão da candidatura para ajudar ao meu país”

Ana Amélia contou que recebeu Alckmin na quarta na sua residência, quando o ex-governador paulista a convidou para estar a seu lado.

“Disse a ele que essa era uma decisão muito difícil e que a minha candidatura à reeleição ao Senado estava bem encaminhada. Disse que precisava de algum tempo para tomar essa decisão e que só seria feita a partir de entendimento entre a bancada de meu partido e do PSDB lá no estado. Isso mudou o cenário”, disse Ana Amélia, que está bem otimista com a missão.

“Foi uma honra muito grande ter sido convidada. Uma senadora de primeiro mandato como eu chegar a essa condição. É uma decisão que pesa muito. A política exige muita articulação, responsabilidade e ética. Estou abrindo mão de uma reeleição ao Senado em nome de um projeto de interesse maior. É uma decisão que exige muito. Não de abnegação, mas de entrega para ajudar o seu país”.

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