• Carregando...
 | Evaristo Sa/AFP
| Foto: Evaristo Sa/AFP

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) foi o terceiro presidenciável entrevistado pelos apresentadores do Jornal Nacional, nesta quarta-feira (29). Durante a sabatina, que durou cerca de meia hora, o candidato falou sobre Lava Jato, segurança pública e defendeu reformas.

Ao ser questionado sobre o avanço do PCC, organização criminosa com origem em São Paulo, o candidato desconversou e tentou mostrar números que considera positivos referentes à segurança pública no estado de São Paulo, que governou até abril deste ano. Alckmin enfatizou a redução de homicídios no estado durante seu governo e negou que a redução tenha relação com o fortalecimento do PCC.

“É inacreditável alguém dizer que 10 mil pessoas deixam de ser mortas por ano e a proposta disso foi o crime que fez. Foi a polícia que fez”, garantiu o tucano, que desconversou sobre a atuação do crime organizado no estado. “A política de segurança pública de São Paulo é um exemplo. Temos a melhor polícia, a melhor tecnologia do Brasil”, disse o ex-governador.

Corrupção

Alckmin também foi questionado sobre casos de corrupção envolvendo colegas do partido, como o senador Aécio Neves, que responde a vários inquéritos no STF, e o ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, condenado no mensalão tucano. Alckmin disse que não pretende pedir a expulsão de nenhum dos dois do PSDB, do qual ele é presidente.

“O Aécio não foi condenado, ele esta sendo investigado e vai responder para a Justiça. Nós não passamos a mão na cabeça de ninguém”, disse o candidato. “O Azeredo está afastado da política há muito tempo. Ele vai sair do PSDB, não preciso nem expulsá-lo”, disse o tucano.

LEIA TAMBÉM: Alckmin promete a ruralistas reeditar medida que pune invasão de terra

Alckmin aproveitou a oportunidade para cutucar o PT. “Nós não vamos para a porta de penitenciária para contestar a Justiça, não transformamos réus em vítimas”, disse o tucano, em referência ao acampamento montado por militantes petistas nas proximidades da Polícia Federal em Curitiba, onde o ex-presidente Lula (PT) cumpre pena na Lava Jato.

Ainda sobre a Lava Jato, mas as investigações paulistas, que envolvem tucanos, Alckmin defendeu o ex-presidente da Dersa durante sua gestão em São Paulo, Laurence Casagrande, preso pela força-tarefa paulista. Casagrande foi denunciado pelo Ministério Público por supostos desvios nas obras do trecho Norte do Rodoanel, em São Paulo.

“Eu acho que o Laurence está sendo injustiçado. Espero que amanhã, quando ele for inocentado tenha o mesmo espaço para fazer justiça a uma pessoa simples, honesta e correta”, disse Alckmin na entrevista.

LEIA TAMBÉM: Cartilha do ‘kit gay’ e Renata ganha menos que Bonner. O que Bolsonaro disse no JN?

Sobre Paulo Vieira, conhecido como Paulo Preto e apontado como operador do PSDB em casos de corrupção, Alckmin desconversou. “Eu assumi o governo em 2011 e ele já estava fora do governo”, disse o candidato.

O tucano também negou irregularidades em sua campanha de 2010 ao governo de São Paulo. Delatores disseram ao Ministério Público que o tucano recebeu recursos via caixa dois. “Minhas campanhas sempre foram feitas de forma simples e rigorosamente dentro da lei”, garantiu.

Reformas

Ao longo de toda a entrevista, o tucano falou em reformas em todas as vezes que teve oportunidade. Quando foi questionado, por exemplo, do apoio do PSDB ao PTC – de Fernando Collor – em Alagoas, o tucano disse: “Eu não sou o candidato a presidente da República do Fernando Collor. Quero ser o presidente das mudanças, das reformas, para mudar o Brasil”.

Ao final da entrevista, retomou o assunto. “O Brasil que eu quero é um país de oportunidade para todos. O Brasil tem pressa e precisa mudar e para mudar precisa de reformas”, disse. “Vamos fazer rápido as reformas que o país precisa para ter emprego”, finalizou o candidato.

Nesta quinta-feira (30), será a vez de Marina Silva (Rede) ser entrevistada no Jornal Nacional, encerrando o ciclo de entrevistas. Como as sabatinas acontecem apenas com presidenciáveis e o cabeça da chapa do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, segue preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, não haverá participação com o petista nem com seu vice, Fernando Haddad.

Além do candidato do PT, não estão previstas entrevistas na Globo com os demais presidenciáveis: Henrique Meirelles (MDB), Alvaro Dias (Podemos), Guilherme Boulos (PSOL), João Amoêdo (Novo), Cabo Daciolo (Patriota), Vera Lucia (PSTU), João Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]