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O economista Paulo Guedes será o chefão do novo Ministério da Economia. | Mauro Pimentel/AFP
O economista Paulo Guedes será o chefão do novo Ministério da Economia.| Foto: Mauro Pimentel/AFP

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) será intransigente na sua promessa de campanha de cortar ministérios. A mensagem ficou clara nesta terça-feira (30), após a primeira reunião em que foi tratada a transição de governo.

Os futuros ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia) anunciaram aos jornalistas que está mantido o plano de criar um superministério da Economia, que será formado pela junção de Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio Exterior. Guedes será o responsável por essa pasta.

Embora essa estrutura já estivesse no plano de governo apresentado à Justiça Eleitoral, em entrevista recente, Bolsonaro admitiu que poderia manter a pasta de Indústria e Comércio Exterior separada, após sofrer pressão por setores da indústria.

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Eles confirmaram também que Agricultura e Meio Ambiente serão um único ministério. O presidente eleito também chegou a ensaiar um recuo nesse plano, diante da repercussão negativa de ambientalistas.

Na campanha, ele prometeu reduzir de 29 para 15 o número de ministérios. Entre o primeiro e o segundo turno, admitiu que poderia ter uma estrutura maior, ao reconhecer que poderia rever essas duas fusões.

Lorezoni, que será o coordenador do governo de transição, disse que serão entre 15 e 16 ministérios, mas que ainda há indefinição sobre uma das pastas. Ele não quis detalhar qual e disse que isso deve ser divulgado até o fim da semana.

Inicialmente ele não quis confirmar a manutenção do superministério da Economia. Coube a Guedes confirmar a fusão a jornalistas.

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O futuro ministro da área econômica mostrou-se irritado ao ser questionado sobre a mudança de planos e sobre a pressão de setores da indústria para que Comércio Exterior fosse uma pasta independente. “Nós vamos salvar a indústria brasileira apesar dos industriais”, respondeu Guedes.

Segundo Lorenzoni, Bolsonaro já tem uma lista dos futuros ministros, mas os nomes serão divulgados ao longo do processo de transição. Ele acrescentou que a prioridade é definir a estrutura de ministérios.

O encontro no Rio de Janeiro teve a participação também do senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) e dos ex-dirigentes do PSL Gustavo Bebianno e Julian Lemos.

Ministério das Cidades vai acabar, diz presidente do PSL

Reconduzido à presidência do PSL, o deputado federal eleito por Pernambuco e fundador da sigla, Luciano Bivar, disse nesta terça que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, vai extinguir o Ministério das Cidades.

Em entrevista à Rádio Jornal, no Recife, Bivar afirmou que o novo governo vai mudar a forma de interlocução com os prefeitos e governadores e, por isso, a pasta não terá mais serventia. O Ministério das Cidades foi criado em 2003, no primeiro ano do governo Lula (PT). “O Ministério das Cidades vai acabar. Vamos fazer uma linha direta com as cidades e os Estados”, declarou.

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