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| Foto: Nelson Almeida/ AFP

Com a divulgação da última pesquisa Ibope para presidente da República, os estrategistas de Jair Bolsonaro (PSL) e do petista Fernando Haddad traçaram planos para os últimos 18 dias de campanha antes da votação do primeiro turno. A meta é angariar votos nas regiões em que são mais fracos. O deputado federal quer tirar votos do PT no Nordeste do país, um tradicional reduto petista, enquanto o ex-prefeito de São Paulo vai tentar angariar mais votos no Sul-Sudeste, onde Bolsonaro é líder disparado nas intenções de voto.

Para os apoiadores do capitão reformado do Exército, uma possível vitória ainda no primeiro turno passa por diminuir a vantagem de Haddad em estados nordestinos. Nas próximas semanas, os filhos de Bolsonaro, os deputados Eduardo e Flávio, e outros aliados devem começar a colocar o Nordeste em seus roteiros de campanha – Bolsonaro pai segue hospitalizado em recuperação da facada que sofreu em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro.

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Para todos eles, a grande influência do PT na região faz com que eleitores de Bolsonaro tenham medo de manifestarem sua opção pelo candidato publicamente. Haveria, assim, uma grande massa de votos nordestinos “escondidos” para o candidato do PSL, que se revelariam somente no dia da eleição.

O Nordeste é a única região em que Haddad tem um percentual maior de intenções de voto que Bolsonaro. Por lá, 31% dizem que votarão em Haddad, enquanto 16% preferem o presidenciável do PSL, segundo o último levantamento Ibope.

O PT já esperava esse resultado. O Nordeste sempre foi um reduto do partido. Lá, tem candidatos a governador que tentam a reeleição ou está aliado a candidatos de outras siglas com chances de se eleger. No Norte e no Centro-Oeste, Bolsonaro pontua pouco mais da metade das intenções de voto.

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Já no Sul-Sudeste, onde estão os maiores colégios eleitorais do Brasil, o desempenho eleitoral é amplamente favorável a Bolsonaro. No Sudeste, o deputado do PSL tem a preferência de 29% dos eleitores, e o petista, 15%. No Sul, 38% pretendem votar em Bolsonaro, e 11% em Haddad – essa é a maior diferença entre eles. 

Candidatos crescem o olho nos votos dos rivais

Por isso, a ordem na campanha petista é concentrar os esforços nos estados do Sudeste, intensificado a busca por votos de outros candidatos que levem Haddad ao segundo turno. 

Integrantes da equipe do PT pressionam nomes de peso do partido, especialmente em Minas Gerais, onde o governador Fernando Pimentel tenta a reeleição, e no Rio de Janeiro, com a candidatura ao governo de Márcia Tiburi, a intensificar o apoio ao presidenciável petista. A tendência gora é Haddad e sua vice Manuela D'Ávila deixarem o Nordeste um pouco de lado.

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Já plano da equipe Bolsonaro passou a ser convencer eleitores de Alvaro Dias, Henrique Meirelles (MDB), João Amôedo (Novo) e Geraldo Alckmin (PSDB) de que o militar da reserva é a única alternativa viável para evitar a volta do PT à Presidência. Os discursos nesse sentido já começaram a ser feitos.

Veja o desempenho por região, segundo o Ibope

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