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| Foto: MAURO PIMENTEL/AFP

O pragmatismo eleitoral entrou em campo. Agora, sim, dá para dizer que as eleições começaram para valer. Entenda-se por pragmatismo a união e alinhamento de segmentos inconciliáveis, ao menos na teoria. Ciro Gomes (PDT) procurar o PP - partido campeão em envolvimento na Lava Jato - e o DEM - o velho PFL - é um sinal de que agora é para valer.

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O até agora sucesso de Jair Bolsonaro (PSL) se explica em parte por seu discurso de rejeição aos políticos tradicionais. Ele repete que seu nome nunca esteve envolvido em escândalos, que até já chegou a ser citado por Joaquim Barbosa - durante o mensalão - de ter sido o único parlamentar de sua legenda, então o PP, a não se corromper, mas também foi mordido por essa velha prática de se aliar aos caciques. Bolsonaro já teve conversas com o chefão do PR, Valdemar Costa Neto, que só circula pelos bastidores de Brasília. Cansou de repetir que não se uniria a “esses caras”, mas conversou com eles.

Se essas costuras vão dar certo é outra história. O senador Magno Malta (PR-ES) acaba de anunciar que não será vice na chapa de Bolsonaro. Não quer trocar uma reeleição garantida ao Senado por uma aventura ao lado do capitão da reserva.

Ainda tem o PT. No discurso, Lula é o candidato único. Não tem plano B, nem C, nem D. Só o plano “L”, como disse Jacques Wagner. “L” de Lula. Esse discurso é da boca para fora. Os petistas sabem que não poderão contar com Lula nas eleições. Não há um tribunal, juiz, ou desembargador que seja disposto a dar esse salvo-conduto para garantir o petista nas urnas em outubro.

Por essas, e outras, o PT começa a buscar velhos aliados. Abriu conversa com o PR, de Valdemar, que mandou o emissário deputado José Rocha (BA), líder da legenda, tratar de eleições com a presidente petista Gleisi Hoffmann.

O PR tem um trunfo: o empresário Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José Alencar. Josué é “afilhado político” de Lula. Pode ser seu vice, mas como ser vice de alguém que não pode ser candidato. Então, está cheio de partidos atrás deles. Do PT ao MDB, passando pelo PSDB. Josué deve ser dono de uma fábrica de votos.

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