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O pré-candidato a presidente João Amoêdo (Novo) já arrecadou pouco mais de R$ 268 mil através de mais de duas mil doações de pessoas físicas na plataforma “Apoia.org” | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
O pré-candidato a presidente João Amoêdo (Novo) já arrecadou pouco mais de R$ 268 mil através de mais de duas mil doações de pessoas físicas na plataforma “Apoia.org”| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Com o fim das doações empresariais, pré-candidatos estão recorrendo aos sites de financiamento coletivo para arrecadar parte do dinheiro que será usado para bancar suas campanhas eleitorais. Há vários nomes conhecidos do público e, inclusive, pré-candidatos à Presidência da República. Somente em duas das 50 plataformas autorizadas até o momento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já foram levantados mais de R$ 2 milhões em doações.

Desde o dia 15 de maio, pré-candidatos podem lançar campanhas individuais de arrecadação de dinheiro a partir de sites de financiamento coletivo (crowdfunding). Há, no momento, 50 plataformas autorizadas pelo TSE a hospedar as campanhas de prováveis candidatos. O saque, porém, só pode ser feito a partir da apresentação do registro de candidatura à Justiça Eleitoral, o que deverá acontecer até o dia 15 de agosto.

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Um dos maiores sites de financiamento coletivo autorizados pelo TSE é o “Doação Legal”, criado pelo Vakinha e a OkPago. O site tem 1.360 campanhas de arrecadação ativas de pré-candidatos de todos os estados e do Distrito Federal. A plataforma já registrou 7.539 doações que totalizavam pouco mais de R$ 1,4 milhão. Os dados foram coletados na manhã de segunda-feira (16).

Campeões de arrecadação são um candidato a deputado no Paraná e presidenciável de partido pequeno

O pré-candidato que mais arrecadou dinheiro até aqui no “Doação Legal” é o deputado estadual Alexandre Curi (PSB-PR). Ele vai tentar a reeleição neste ano e pretende levantar R$ 150 mil em doações. Até segunda-feira passada (16), tinha cumprido 42% do seu objetivo, tendo recebido 76 doações que somavam pouco mais de R$ 63 mil.

Depois de Curi, os outros pré-candidatos que mais arrecadaram dinheiro no site são o ex-deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), o atual governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT-MG), o funcionário público Maurílio Braz Santana Júnior (Rede-DF) e o executivo Christian Lohbauer (Novo-SP).

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Outro site autorizado a hospedar campanhas de arrecadação é o “Apoia.org”. A plataforma já tem 362 pré-candidatos inscritos de 25 estados, sendo que 340 estão com campanhas ativas e já começaram a arrecadar. Até a segunda-feira, o site contabilizava mais de R$ 650 mil em doações.

A maior parte foi conseguida pelo pré-candidato a presidente João Amoêdo (Novo). O empresário já arrecadou pouco mais de R$ 268 mil através de mais de duas mil doações de pessoas físicas.

Outra presidenciável que recorre à “vaquinha virtual” é Alvaro Dias. O pré-candidato do Podemos escolheu o site “Doação Legal” para hospedar sua campanha. Ele já arrecadou pouco mais de R$ 18 mil doados por 116 pessoas.

Há, ainda, diversos políticos tradicionais recorrendo ao financiamento coletivo, como Lindbergh Farias (PT-RJ) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM); ex-membros das Forças Armadas e das polícias, como o Major Olímpio (PSL-SP); representantes do direito, como o procurador Luiz Marcelo Cabral Tavares (Novo-MG); e representantes dos novos movimentos políticos, como Kim Kataguri (do MBL, filiado ao DEM).

Outros candidatos a presidente têm plataformas próprias para arrecadar dinheiro

Outros pré-candidatos à Presidência estão usando plataformas próprias para pedir doações. Marina Silva (Rede) aderiu à novidade na terça-feira (17), quando lançou um site específico para quem quer fazer doações para a campanha da pré-candidata. O objetivo dela é arrecadar R$ 100 mil. Até o início da tarde de terça-feira (17), ela tinha conseguido pouco mais de R$ 18 mil.

Outros presidenciáveis lançaram suas plataformas próprias há algum tempo. Lula (PT) foi um dos primeiros a começar a pedir dinheiro. O ex-presidente já arrecadou mais de R$ 380 mil, vindos de pouco mais de 4,1 mil apoiadores. Manuela D’ávila (PCdoB) tem o objetivo de arrecadar R$ 150 mil e já conseguiu pouco mais de R$ 41 mil. Já Guilherme Boulos (Psol) levantou até terça-feira R$ 25 mil com 190 doações.

Ciro Gomes (PDT) também recorreu à “vaquinha online”, mas não divulgou quanto arrecadou até o momento.

Vaquinha eleitoral é autorizada pela Justiça Eleitoral

A doação de dinheiro por parte de pessoas físicas a pré-candidatos via plataformas de financiamento coletivo (crowdfunding) é uma modalidade de arrecadação de recursos para campanhas eleitorais autorizada pelo TSE.

Essa modalidade ganhou ainda mais visibilidade em 2018, ano em que o país terá eleição presidencial e estadual sem doações empresariais, depois de muitos anos em que a contribuição de empresas era permitida. O financiamento empresarial para campanhas eleitorais e partidos foi proibido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a partir das eleições municipais de 2016.

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