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Onze ministros avisaram que vão deixar o governo de Michel Temer até 7 de abril para participar das Eleições 2018. | EVARISTO SA/AFP
Onze ministros avisaram que vão deixar o governo de Michel Temer até 7 de abril para participar das Eleições 2018.| Foto: EVARISTO SA/AFP

O presidente Michel Temer definiu no fim de semana mais algumas mudanças em cargos do primeiro escalão. Outras trocas ainda estão por vir, já que ao todo 11 ministros avisaram que vão deixar o governo.

Pela regra, membros do Poder Executivo que se candidatem às eleições precisam deixar os cargos até 7 de abril, exceção feita ao próprio presidente Temer, que pode continuar no Planalto mesmo tentando a reeleição.

Veja as mudanças decididas até agora:

Ministério dos Transportes

Pedro França/Agência Senado

Maurício Quintela (PR), deputado federal por Alagoas, deixa a pasta para se candidatar ao Senado. O novo ministro será Valter Casimiro (foto), hoje diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que é funcionário de carreira, sem filiação partidária, mas contou com as bênçãos do PR.Casimiro é um entusiasta da proposta de “concessão light” de rodovias, em que a cobrança de pedágio bancaria apenas a manutenção de estradas, sem investimentos adicionais. O programa pode entregar até 40 mil quilômetros de estradas ao setor privado.

Ministério da Saúde

José Cruz/Agência Brasil

O paranaense Ricardo Barros (PP) deixa a Pasta para tentar a reeleição na Câmara dos Deputados. Quem assume o ministério é Gilberto Occhi (foto), que deixa a presidência da Caixa Econômica Federal. Advogado e funcionário de carreira da Caixa, Occhi é filiado ao PP e, antes de presidir a Caixa, foi ministro das Cidades e da Integração Nacional no governo Dilma Rousseff.

Ministério do Planejamento

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O novo ministro do Planejamento, em substituição a Dyogo Oliveira, será o atual secretário-executivo da Pasta, o economista Esteves Colnago (foto). Trata-se de uma vitória do grupo de Romero Jucá (RR), presidente do PMDB e líder do governo no Senado, sobre o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que tentava emplacar o economista Mansueto Almeida, secretário de Acompanhamento Fiscal da Fazenda. Colnago ingressou no serviço público em 1996, como analista do Tesouro, e em 1998 passou a ser analista do Banco Central. Colnago acompanhou a ascensão de Dyogo Oliveira na administração pública e foi seu secretário-executivo adjunto tanto na Fazenda como no Planejamento. Também é presidente do Conselho de Administração do BNDES e membro do Conselho de Administração da Eletrobras.

Caixa Econômica Federal

José Cruz/Agência Brasil

Nelson Antônio de Souza (foto), funcionário do banco estatal desde 1979, vai assumir a presidência da Caixa no lugar de Gilberto Occhi. Atualmente é vice-presidente de Habitação do banco. Já foi diretor executivo de Gestão e Pessoas, chefe de gabinete da presidência, superintendente nacional da Região Nordeste e do FGTS. Também já presidiu o Banco do Nordeste. Nelson Souza é uma indicação do PP.

BNDES

Tomaz Silva/Agência Brasil

Dyogo Oliveira (foto), de saída do Ministério do Planejamento, será o presidente do BNDES. Entrará no lugar de Paulo Rabello de Castro, que deixa o comando do banco de fomento para se candidatar à Presidência da República pelo PSC. Servidor público federal desde 1998, com atuação no Ministério da Fazenda, Oliveira assumiu o Planejamento interinamente em maio de 2016, pouco após a posse de Michel Temer, e foi efetivado em março de 2017. O novo presidente do BNDES tem a missão de conduzir o processo de devolução de empréstimos ao Tesouro e ao mesmo tempo fazer deslanchar a carteira de projetos de financiamento de infraestrutura do banco.

Ministério da Fazenda

Edilson Rodrigues/Agência Senado

Henrique Meirelles, que tenta viabilizar a candidatura à Presidência da República e deve assinar sua filiação ao PMDB nesta terça-feira (3), vai deixar o cargo. O provável sucessor é Eduardo Guardia (foto), atual secretário-executivo da Fazenda. Guardia foi secretário do Tesouro em 2002, nos meses finais do governo FHC, secretário da Fazenda de Geraldo Alckmin em São Paulo entre 2003 e 2006 e diretor da BM&F Bovespa (hoje B3) entre 2010 e 2013. Guardia tem perfil discreto e técnico e é conhecido como um negociador duro, passou a ser conhecido entre os políticos como o homem que diz “não” na Fazenda.

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