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| Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Filiado ao Partido Republicano Progressista (PRP) na undécima hora do prazo eleitoral, o general da reserva Augusto Heleno deve ser anunciado como candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo capitão Jair Bolsonaro (PSL) nesta quarta-feira (18). Nos últimos meses, o militar virou um auxiliar direto de Bolsonaro, participando de reuniões e auxiliando em decisões.

Em entrevista à Gazeta do Povo, na noite desta terça-feira (17), Heleno disse que nunca passou por sua cabeça que uma chapa “puro sangue”, formada por militares, disputaria uma eleição direta para Presidência da República. Será a primeira vez desde a redemocratização do Brasil. “São as forças das circunstâncias”, disse o general, que preferiu usar o tom ‘não tem nada garantido ainda’. “Se for confirmado, para mim será uma missão”. Na última quarta-feira (11), a Gazeta do Povo já havia noticiado que o nome dele era cogitado como vice na chapa do presidenciável do PSL.

Primeiro comandante brasileiro da Força de Paz das Nações Unidas no Haiti, em 2004, o general Heleno é um dos militares mais influentes e respeitados da corporação. Ele tem acompanhado Bolsonaro ultimamente em alguns eventos, como na rodada de conversas de presidenciáveis com empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI), há algumas semanas.

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Ele era citado por Bolsonaro como seu eventual ministro da Defesa e também como alguém que escolheria um nome para ocupar o cargo. Heleno disse que, numa eventual vitória da chapa, não passa pela sua cabeça acumular a vice-presidência com a Defesa. Não seria, ou não será, a primeira vez que o vice seria também ministro dessa pasta. Esse fato ocorreu no primeiro mandato do governo Lula, quando José Alencar acumulou as duas funções.

“Já aconteceu uma vez mesmo, mas não passa na minha cabeça não. Está tão longe tudo ainda. Faltam uns três meses mais ou menos. Uma eternidade isso tudo aí. E, na verdade, ele não disse que eu seria o ministro da Defesa. Disse que eu escolheria o ministro da Defesa”, ressaltou o general.

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Heleno disse que tem conversado com Bolsonaro sobre “ministeriáveis” do eventual governo de ambos. “A gente conversa com certa regularidade. Temos trabalhado muitas ideias e planos para o governo. Estamos trabalhando com várias pessoas em vários assuntos. Às vezes converso até sem ele por perto”, contou. “Mas isso tudo é um emaranhado”.

O general Heleno se filiou ao PRP do Distrito Federal. Inicialmente, iria disputar uma vaga para o Senado, na chapa a governador encabeçada por outro general, Paulo Chagas, presidente do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma). Agora está prestes a receber outra missão.

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