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Guilherme Boulos discursa em ocupação de sem-teto: frente de esquerda constrói corrente política “para além de Lula” | Reprodução/Facebook
Guilherme Boulos discursa em ocupação de sem-teto: frente de esquerda constrói corrente política “para além de Lula”| Foto: Reprodução/Facebook

Após quatro meses de debate, a Frente Povo Sem Medo concluiu as diretrizes para o programa de governo do Vamos, movimento que nasce da busca de uma alternativa ao PT.

Inspirado no Podemos espanhol, o Vamos tem entre seus idealizadores o coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) Guilherme Boulos, possível candidato à Presidência pelo PSOL.

A elaboração do documento de 20 páginas contou com a participação de petistas como o ex-ministro Tarso Genro.

Em junho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva soube pela imprensa que dirigentes do PSOL e do PT haviam se reunido para discutir o futuro da esquerda, mobilização que, para alguns participantes, significa a construção de uma corrente política “para além de Lula”.

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Batizado de “Sem Medo de Mudar o Brasil! Vamos”, o programa traz propostas polêmicas, como a extinção do Senado, a reversão de privatizações e a legalização progressiva das drogas. “Defesa do Parlamento unicameral como forma de reduzir a influência das oligarquias regionais na política”, diz o texto, para justificar a proposta de extinguir o Senado.

O documento prevê ainda a redução dos salários de congressistas e a possibilidade de perda de mandato em referendo popular. Fruto de 55 debates presenciais em 24 cidades e de 134 mil acessos online, o documento propõe ainda a reforma tributária, com taxação de grandes fortunas, e a instituição do veto popular a medidas do Legislativo, bem como o fim do mandato vitalício dos ministros do STF.

Boulos diz que o documento traduz a consolidação das 1,5 mil propostas apresentadas. “É um programa que coloca o dedo na ferida, com enfrentamento ao sistema financeiro e aos bancos.”

O documento foi apresentado no dia 25, no Recife. A Frente Povo Sem Medo, que se projetou em atos contra o impeachment de Dilma Rousseff, a partir de 2015, é integrada pelo MTST, PSOL, PT, PCB, UNE, CUT, Intersindical, e outros.

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