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Cacique do PR, o ex-deputado Valdemar Costa Neto tem mantido um canal de diálogo aberto com o PT | Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados
Cacique do PR, o ex-deputado Valdemar Costa Neto tem mantido um canal de diálogo aberto com o PT| Foto: Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados

O discurso do PT é de manter viva a candidatura de Lula até onde for o possível. Mas a prática, é outra. A proximidade das eleições e o cenário ainda desfavorável a uma candidatura real do principal líder petista faz as lideranças da legenda a ampliarem o diálogo com antigos aliados. A presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), recebeu em seu gabinete na manhã desta quinta-feira (7) o líder do PR na Câmara, deputado José Rocha (BA).

A conversa foi em torno de cenários futuros e de uma possível retomada da antiga parceria PT-PR. Um personagem central dessa história é o empresário Josué Gomes, dono da Coteminas e filho de José Alencar. O pai de Josué Gomes foi duas vezes companheiro de chapa de Lula, como vice-presidente do país. Josué tem afeição a Lula. Foi a seu pedido que o empresário trocou o MDB pelo PR. 

Essa reaproximação das duas legendas foi tema de conversa recente entre o cacique do PR, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro José Dirceu. O encontro entre os dois ocorreu antes de o petista voltar para a cadeia, em meados de maio. Os dois sempre mantiveram canal aberto. Ambos foram presos no mensalão. Dirceu, agora, cumpre pena acusado de crimes cometidos no âmbito da Lava Jato. 

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Josué Gomes é cobiçado por vários partidos

Josué Gomes virou um trunfo do PR. É cobiçado para compor chapa como vice de Jair Bolsonaro (PSL), que já esteve também com Valdemar. O empresário estaria na mira também de Geraldo Alckmin (PSDB) e até de Henrique Meirelles (MDB). 

Gleisi já conversou com Josué e ficou com boas impressões. A presidente do PT já declarou a aliados achar improvável a viabilidade de Lula ser candidato e tem citado os nomes de Fernando Haddad e Jacques Wagner como candidatos reais. 

O principal recado desse encontro entre Gleisi e José Rocha – que se reúne pelo menos duas vezes por semana com Valdemar – é que o PT começa a cair na real. Sabe que sozinho não vai longe. Muito menos com um candidato imaginário, que está preso e inelegível. O PT pode estar, agora, entrando de fato no jogo.

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