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| Foto: Mauro Pimentel/AFP

A mais recente pesquisa Ibope*, divulgada na segunda-feira (24), revelou que o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) parou de crescer – se estabilizou com 28% das intenções de voto. Mas há um segmento específico do eleitorado no qual ele continua avançando: o dos antipetistas.

Entre os brasileiros que não votariam no PT de jeito nenhum, grupo formado por três em cada 10 eleitores, Bolsonaro cresceu 18 pontos percentuais desde que foi alvo de uma facada, em 6 de setembro, quando fazia campanha em Juiz de Fora (MG).

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O candidato do PSL tem agora 59% das intenções de voto entre os antipetistas. A taxa era de 41% no dia 5 de setembro (véspera do atentado) e de 53% no dia 11. Nesse período, ao mesmo tempo em que Bolsonaro subia 18 pontos, a soma das taxas dos adversários caía 11 pontos. Ou seja, os antipetistas cerraram fileiras em torno do deputado.

PSDB perdeu papel de anti-PT

Com isso, o PSDB, que por mais de 25 anos polarizou a política nacional com o PT, perdeu na atual campanha o papel de protagonista no eleitorado avesso ao partido de Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os antipetistas, o tucano Geraldo Alckmin tem apenas 10% dos votos, o equivalente a um sexto da taxa de Bolsonaro.

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Como o Ibope chegou a esse número

Para medir o eleitorado antipetista e averiguar sua composição social, o Ibope perguntou aos eleitores: “Em qual desses partidos políticos o(a) senhor(a) não votaria de jeito nenhum?”

Com 30%, o PT ficou em primeiro lugar no quesito rejeição, com larga margem sobre o segundo colocado, o PSDB (8%). Depois, cruzou os dados de intenção de voto dos eleitores para saber em quem os antipetistas estão votando. O mesmo método foi utilizado em pesquisas anteriores.

Metodologia

*A pesquisa Ibope foi feita entre os dias 22 e 23 de setembro. Foram entrevistadas 2.506 pessoas em 178 municípios brasileiros. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que há 95% de chance de os resultados refletirem o atual momento eleitoral. A pesquisa foi contratada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela TV Globo. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi feito sob o protocolo BR-06630/2018.

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