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| Foto: EVARISTO SA/AFP

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa (PSB), anunciou na manhã desta terça-feira (8) que não irá concorrer a presidente. Ele fez a confirmação em sua conta no Twitter. Segundo ele, a “decisão foi estritamente pessoal”.

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Barbosa se filiou ao PSB no dia 6 de abril, às vésperas do prazo final de filiação para candidatos que vão disputar as eleições em 2018. Apesar da decisão, manteve o clima de suspense sobre a concretização da candidatura.

Dentre os principais motivos para a desistência está a desaprovação da família. Na primeira vez que apareceu publicamente após se filiar ao PSB, foi questionado sobre a opinião de sua família a respeito de sua candidatura. Respondeu: “Não é a favor”.

Barbosa sofre de sacroileíte, uma inflamação na base da coluna, que se agravava durante os longos julgamentos no Supremo. Era comum ver que ele intercalava momentos em pé e sentado ao longo das sessões do STF. Aposentado desde 2014, com mais tempo para se dedicar à saúde, as dores praticamente diminuíram, mas a saúde continuava sendo uma preocupação entre familiares.

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Outro fator para a desistência é a personalidade forte. Em seus 11 anos de passagem pelo STF, travou diversos embates com os demais ministros e também com jornalistas. Barbosa ficou conhecido internamente no Supremo por não receber advogados. Não raro os ministros recebem os defensores, que costumam apresentar subsídios para as decisões dos magistrados.

Pesquisa apontava Barbosa como novidade competitiva

Barbosa despontou com 8% a 10% das intenções de voto na primeira pesquisa presidencial feita após a prisão de Lula, dia 7 de abril. Sem contar a margem de erro de dois pontos porcentuais, estava em terceiro lugar nos cenários sem Lula e em quarto quando o ex-presidente era mencionado. Barbosa era visto como um candidato de centro-esquerda, mas com capacidade para captar votos de nomes de direita.

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Quando ministro, ficou conhecido como “xerifão” do combate aos corruptos no STF, o juiz linha-dura do mensalão – o esquema de compra de votos no Congresso durante o primeiro governo do ex-presidente Lula (2003-2006).

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