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 | Ricardo Stuckert/Instituto Lula
| Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na sexta-feira (23) que tem certeza de que não será preso, e que, se for candidato, vencerá as eleições no primeiro turno. “Eu não vou ser preso porque não cometi nenhum crime e eu tenho certeza de que nesse país haverá justiça”, disse. A declaração foi feita em São Leopoldo, última parada da tumultuada passagem de Lula pelo Rio Grande do Sul.

Num livro recém-publicado, o ex-presidente não havia demonstrado o mesmo otimismo. Questionado por jornalistas sobre se cogitava a hipótese de ser preso, ele respondeu que sim. “Há duas instâncias superiores a que a gente pode recorrer e vamos recorrer. Eles vão tomar a decisão e estou pronto para ser preso. É uma decisão deles”, disse.

O salvo-conduto concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última quinta-feira (22), no entanto, mudou o ânimo de Lula. “Pense num cabra animado”, disse ele em Palmeira das Missões (RS), uma das paradas de sua caravana pelo Sul.

No discurso em São Leopoldo nesta sexta, realizado em um palanque próximo ao Ginásio Municipal, o ex-presidente também fez um aceno ao PC do B e ao PSOL, ao afirmar que estaria junto de Manuela d’Ávila e de Boulos em “algum momento”. Manuela, pré-candidatura do partido comunista, chegou a discursar ao lado dos políticos petistas.

O evento também foi marcado por um ato de desagravo ao ex-presidente, que vem enfrentando protestos ao longo de sua passagem pelo Rio Grande do Sul.

O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que aqueles que bloquearam rodovias para impedir a passagem da caravana são uma minoria que não representa os gaúchos. A caravana Lula pelo Brasil parte neste sábado para Florianópolis, em Santa Catarina.

Apoiadores do ex-presidente esperavam a chegada de Lula no centro de São Leopoldo, quando foram surpreendidos por um avião que levava uma faixa onde se lia: “Lula o Brasil te quer em cana”. A reportagem não conseguiu confirmar quem está por trás da provocação.

O grupo, em sua maioria, era de apoiadores do deputado Jair Bolsonaro. Informados pelo rádio, eles usaram tratores e queimaram pneus para obstruir a passagem da caravana. A Brigada Militar usou bombas de gás lacrimogêneo para dissipar os manifestantes.

Enfrentando manifestações desde terça-feira (20), a caravana conta com uma escolta do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

A região Sul, escolhida para a quarta etapa da caravana, é onde o ex-presidente tem menos apoio.

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