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Beijinhos: Marina Silva (Rede) teve candidatura formalizada hoje e deixou de lado o tom sério, tradicional em suas aparições públicas. Ao lado, o vice da chapa: Eduardo Jorge. | SERGIO LIMA/AFP
Beijinhos: Marina Silva (Rede) teve candidatura formalizada hoje e deixou de lado o tom sério, tradicional em suas aparições públicas. Ao lado, o vice da chapa: Eduardo Jorge.| Foto: SERGIO LIMA/AFP

O partido REDE formalizou na manhã deste sábado (4) a candidatura de Marina Silva, em convenção realizada em Brasília, no espaço no Minas Hall. Ela terá como vice Eduardo Jorge (PV). Será a terceira tentativa de Marina chegar ao Palácio do Planalto.

O formato escolhido para o ato foi de arena, sempre utilizado pelo partido, com um palco no centro e os apoiadores ficam sentados em sua volta. A votação entre foi feita por aclamação.

Durante a convenção, Marina teve o apoio pessoal da ex-deputada Heloisa Helena, também filiada à Rede, e até mesmo de artistas como Marcos Palmeira, da TV Globo, que foi o mestre de cerimônia do evento.

Pelo fim da reeleição

No discurso que fez de quase uma hora, a agora presidenciável Marina Silva prometeu que, se eleita, vai trabalhar pelo fim da reeleição para presidente e sugerir mandato único de cinco anos.

“Meu mandato só terá quatro anos”, afirmou Marina, que afirmou que fará um governo de transição. E criticou seus adversários, em especial PSDB e PT, ainda que sem citá-los. “Nosso projeto é de um governo de transição. Não de vinte anos de poder. Foi aí que muita gente se perdeu!”.

A candidata da Rede afirmou que não irá acabar nem com a Bolsa Família nem o Minha Casa Minha Vida, dois programas que cresceram no governo Lula. “Temos um compromisso com o Bolsa Família e com o Minha Casa Minha Vida. Vamos aprimorá-los”.

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Marina diz que pretende ainda tocar reformas como a da Previdência e mexer na reforma trabalhista. “Quero rever os pontos draconianos. Uma mulher grávida não pode trabalhar em situação de risco”. Ela garantiu que não usará do expediente de divulgação de fake news (notícias falsas) contra seus aliados. “Nem contra o Ciro, fomos colegas de ministério no governo Lula. Nem contra o Alckmin e nem contra o Bolsonaro”. O slogan de sua campanha será “Unidos para transformar o Brasil”.

Aliado de Marina, o economista Eduardo Gianetti enalteceu a Lava Jato em um curto discurso. Disse que a candidata da Rede representa o oposto do que está sendo revelado pela operação que atingiu o coração da política nacional.

“A Lava Jato revelou o que acontece nas entranhas do país. Precisávamos passar por esse processo. O novo modelo de fazer política está representado na Marina. Os outros já mostraram aí que nada pretendem mudar”, afirma Gianetti.

Responsável pelas propostas econômicas da campanha de Marina Silva (Rede) à Presidência da República, o economista aproveitou para comentar recessão econômica:“Estamos diante de uma encruzilhada, que, ao mesmo tempo, é um risco, mas também uma oportunidade. É uma eleição que acontece durante a pior recessão do Brasil e quatro anos depois do início da Lava Jato”.

Estiveram presentes também governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), e o vice-governador do Paraná do primeiro mandato de Beto Richa, em 2010: Flavio Arns (ex-PT e PSBD).

“Baila, Marina”

O evento de Marina teve tom descontraído, até mesmo durante o hino nacional, tocado em ritmo de forró. Após, diversos grupos culturais tiveram a oportunidade de se apresentar.

A chapa Marina/Eduardo Jorge literalmente bailou na convenção. Foi quando um grupo de mulheres tocou “Mulher redeira”, na levada de ciranda, no centro do palco.

Em discurso, Eduardo Jorge, sem citar seu antigo partido, o PT, defendeu que o TSE deveria cassar as chapas que “fraudaram” as eleições em 2014.”Tivemos o naufrágio do Titanic Dilma-Temer. Vivemos a maior crise econômica do país. O impeachment [de Dilma] foi correto. A Justiça faz um trabalho correto. O TSE deveria cassar as chapas que fraudaram as eleições de 2014”, disse Jorge, que foi fortemente aplaudido após a fala.

Críticas

O senador da Rede Randolfe Rodrigues (AP) aproveitou para atacar o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) sobre falas do candidato acerca da escravidão no Brasil. “O capeta do fundamentalismo diz que não existiu escravidão no Brasil”

Coligado à campanha de Marina, o presidente do PV, José Luiz Pena, disse que a chapa da candidata com o “verde” Eduardo Jorge vai lutar contra tudo. Inclusive contra a falta de dinheiro. “Vamos lutar contra essa migalha que nos deram de fundo eleitoral”. O partido dele terá direito a R$ 24,5 milhões.

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