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| Foto: Evaristo Sa/AFP

Depois de passar quase um ano apostando que Geraldo Alckmin (PSDB) seria eleito presidente em 2018, o mercado financeiro trocou de opinião e agora acredita que Jair Bolsonaro (PSL) será o vencedor das eleições. Isso é o que mostra uma sondagem feita pela XP Investimentos, com 204 investidores institucionais, sobre eleições e os efeitos no mercado. A enquete foi realizada entre os dias 4 e 5 de junho.

A enquete perguntou aos entrevistados: “Quem será o vencedor da eleição presidencial de 2018?”. Jair Bolsonaro apareceu em 48% das respostas. Antes, na sondagem feita em abril, o percentual era de 29%. Já Geraldo Alckmin saiu de 48% em abril para 31% agora. Ciro Gomes (PDT) subiu de 1% para 13%. Depois, aparece Marina Silva (Rede), que passou de 3% para 5%.

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A sondagem mostra que 58% dos entrevistados que participaram da sondagem em abril mudaram sua escolha na pesquisa feita em junho.

2.º turno

A enquete também perguntou quais candidatos chegarão ao 2.º turno. O nome de Bolsonaro foi apontado por 85% dos respondentes. Logo em seguida aparece Ciro Gomes, lembrado por 55%. Geraldo Alckmin foi apontado por 40% dos entrevistados, Marina Silva por 11% e Fernando Haddad (PT) por 3%. Outros pré-candidatos aparecem com 6%.

Por isso, o cenário de segundo turno apontado como mais provável pelo levantamento é entre Jair Bolsonaro e Ciro Gomes (44,8%); seguido por Geraldo Alckmin e Bolsonaro (25,6%); Bolsonaro e Marina Silva (10,8%); e Alckmin e Ciro (9%).

Impacto no mercado financeiro

A enquete da XP Investimentos também questionou os entrevistados sobre os impactos no mercado financeiro em caso de vitória de alguns candidatos. Caso Jair Bolsonaro vença, apenas 31% acreditam em uma queda no Ibovespa (abaixo de 75 mil pontos), 45% enxergam uma depreciação do câmbio (R$ 3,80 para cima) e 77% projetam uma elevação da taxa básica de juros, a Selic, no fim de 2019. Atualmente, a Selic está em 6,5%.

No cenário que considera a vitória de Geraldo Alckmin, 97% dos respondentes acreditam em uma melhora do Ibovespa, 73% em um câmbio abaixo de R$ 3,40 e a grande maioria (88%) que a Selic ficará entre 6% e 8,5% em 2019.

Cenários com Fernando Haddad ou Ciro Gomes foram apontados como desfechos negativos para o Ibovespa. Já Alvaro Dias (Podemos) foi apontado como um desfecho positivo para o principal índice da B3 e Marina Silva, estabilidade.

No caso do câmbio, 80% dos entrevistados acreditam que o dólar vai ficar acima de R$ 4,00 em caso de vitória de Ciro Gomes e 69% projetam o mesmo cenário em caso de vitória de Fernando Haddad. No cenário que considera Marina vencedora, 59% projetam o câmbio entre R$ 3,60 e R$ 4,00. Caso Alvaro Dias vença, a maioria (60%) espera que o câmbio fique abaixo de R$ 3,60.

Sobre o percentual da Selic no fim de 2019, 27% dos entrevistados acreditam que a taxa pode chegar a 10% ou mais caso Ciro Gomes vire presidente e 25% caso Fernando Haddad ganhe. No caso da Marina Silva, 21% acreditam em uma taxa entre 7,5% e 8% e, para Alvaro Dias, 22% projetam uma Selic entre 7,0% e 7,5%.

O Ibovespa é o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira. É também o mais importante indicador de desempenho médio dos ativos mais negociados e representativos da B3. Atualmente, o Ibovespa está em 73,8 mil pontos. Já a Selic é a taxa básica de juros da economia e está, atualmente, em 6,5%.

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