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| Foto: MAURO PIMENTEL/AFP

O ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou nesta sexta-feira (6) o pedido de habeas corpus feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em janeiro, Lula foi condenado a mais de 12 anos em regime fechado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva em segunda instância pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). Ele já havia sido condenado em primeira instância pelo juiz Sergio Moro, do Paraná, pelo caso do tríplex no Guarujá (SP).

O argumento central dos advogados no habeas corpus é que o TRF-4 antecipou a prisão de Lula por ter determinado a detenção antes que fosse publicado o resultado do julgamento de um recurso e antes do prazo final para recorrer novamente. Assim, ainda seria possível apresentar novos recursos e por isso, a prisão de Lula ainda não poderia ocorrer, segundo seus advogados.

Eles alegam que há 61 pontos a serem esclarecidos, sendo 39 omissões, 16 contradições e 6 obscuridades na decisão do TRF-4 ao negar o recurso. Fischer, que é o relator da Lava Jato no STJ, negou o habeas corpus.

Com a negativa, a defesa pode recorrer à Quinta Turma do STJ. O colegiado, formado por 5 ministros, já negou vários pedidos de réus da Lava Jato. Ou seja, as chances de Lula de conseguir um HC são baixas.

Além disso, a defesa pode ainda ingressar com HC no STF. Esse é o caminho usual, para evitar supressão de instância (quando o caso ainda não foi analisado em outras instâncias do Judiciário, como, por exemplo, a Turma de ministros do STJ).

Às 8h30 da manhã desta sexta-feira (6), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse à Folha que sua decisão era não ir a Curitiba para se entregar à Polícia Federal.

Lula passou a noite no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP), em companhia dos filhos, amigos e dirigentes do partido, e lá pretende ficar durante o dia.

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