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General Mourão, vice de Bolsonaro. | Marcelo Andrade    /    Gazeta do Povo
General Mourão, vice de Bolsonaro.| Foto: Marcelo Andrade /    Gazeta do Povo

O general Hamilton Mourão (PRTB), vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República, fez críticas nesta quarta-feira (26) ao pagamento de 13º salário e de adicional de férias a trabalhadores. As declarações sobre questões trabalhistas ocorreram no Clube de Diretores Lojistas (CDL) em Uruguaiana (RS) e foram rebatidas por Bolsonaro.

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"Sabemos perfeitamente o custo que tem o trabalhador, nessas questões sindicais, em cima da atividade produtiva. É o maior custo que tem. E tem umas jabuticabas que são uma mochila na costa do empresário. Jabuticabas brasileiras. O 13º salário. Se a gente arrecada 12 como é que a gente tem que pagar 13? É complicado”, disse Mourão, que, na sequência, fez críticas a alguns benefícios das férias. 

“E é o único lugar do mundo onde a pessoa entre de férias e ganha mais. São coisas nossas, que estão aí na legislação. Legislação dita social, mas com o chapéu dos outros.” 

Em entrevista à Gazeta do Povo nesta quinta, o general minimizou as declarações que deu e afirmou que não há intenção do governo em mexer no 13º, que seria um “tiro no olho”. 

“Não falei nada demais. Apenas comentei as dificuldade dos empresários. Foi só um comentário”, disse e foi questionado se, sua chapa for eleita, há interesse em mexer nesse ganho do trabalhador. 

“Lógico que não! Pô, o cara que for mexer nisso não vai dar um tiro no pé, mas um tiro no olho.” 

Mourão passou a semana no Rio Grande do Sul e retorna ao Rio de Janeiro na sexta-feira (28). Ele já foi orientado pelo próprio Bolsonaro em evitar declarações que possam trazer problemas à campanha. O general já falou em "autogolpe", em Constituinte formulada por notáveis sem a presença de políticos eleitos e afirmou que famílias comandadas por mães e avós, sem homens, podem gerar "elementos desajustados".

Pelo Twitter, Bolsonaro criticou o posicionamento do vice, sem citá-lo nominalmente. “O 13° salário do trabalhador está previsto no art. 7° da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (não passível de ser suprimido sequer por proposta de emenda à Constituição). Criticá-lo, além de uma ofensa à quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição”, diz o texto.

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