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O debate entre os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul, realizado pela Band na noite de quinta-feira (16), foi marcado por críticas ao atual governador José Ivo Sartori (MDB) e a Eduardo Leite (PSDB). O encontro foi promovido pela Band e estiveram presentes seis dos oitos postulantes: Roberto Robaina (PSOL), Jairo Jorge (PDT), Matheus Bandeira (Novo) e Miguel Rossetto (PT), além de Sartori e Leite.

Na primeira parte do debate, Sartori tentou defender a situação da segurança pública em seu governo, destacando projetos de construção de presídios (o estado tem cerca de 40 mil presos) e o lançamento recente de um sistema integrado com os municípios. “É ali que se faz a vida em sociedade”.

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Os projetos da pasta de segurança têm sido apresentados pelo governador como um trunfo, nesse início de campanha. Os adversários, porém, lembraram da redução histórica em efetivos de segurança. O candidato do PT citou o parcelamento de salários que vem sendo mantido pelo governo do estado pela maior parte da gestão, desde 2015.

“Falar que a segurança vai bem no RS, que é um ato de coragem atrasar salários de servidores e [repasses], isso não é coragem é omissão inaceitável. Quem governa o estado vive numa ilha da fantasia”, afirmou Rossetto no segundo bloco.

Leite, candidato do PSDB e presidente estadual do partido, ex-prefeito de Pelotas, disse que pretende recuperar o efetivo e que escolheu como vice um delegado da Polícia Civil (Delegado Ranolfo, do PTB) para desenvolver um plano de segurança.

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Ele ainda destacou a situação precária de atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica. Entre janeiro e junho, o estado registrou 11.082 casos de lesões corporais e 41 feminicídios.

Sartori defendeu ainda como solução para o estado a assinatura do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) com a União. Uma das principais contrapartidas, exigidas pelo governo federal, a privatização de empresas estatais, não teve o plebiscito obrigatório aprovado a tempo na Assembleia Legislativa.

Crise fiscal foi tema da 2.ª parte do debate

Na segunda parte, os candidatos perguntaram entre si e escolheram, principalmente, a temática da crise fiscal gaúcha. Roberto Robaina (PSOL) questionou o governador se ele “seguiria a desrespeitar os servidores”, parcelando os salários. Sartori afirmou que sempre pagou os salários no mesmo mês e que teve “coragem e clareza” para enfrentar a crise.

Na réplica, o candidato do PSOL voltou a chamar de “desrespeito” o parcelamento. Com referência indireta ao PSDB, Sartori afirmou na tréplica que “está fazendo sua parte” e criticou antigos aliados que deixaram o governo.

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Já Miguel Rossetto (PT), questionado por Jairo Jorge (PDT) sobre propostas para o desenvolvimento, afirmou que parcelar salários é uma “omissão inaceitável do governador”.

Eduardo Leite (PSDB) também não foi poupado. Quando questionou Jairo Jorge sobre privatizações, o pedetista atacou o tucano, afirmando que Leite teria dito em entrevista ser a favor das privatizações e que agora se declara contra. “Qual o Eduardo que você vai mostrar?”, questionou Jairo. Leite disse que não tem “sanha privatista” e que a posição do pedetista soa para ele “como seu candidato à Presidência (Ciro Gomes), que disse que vai tirar a população do SPC”.

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