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O senador e pré-candidato à  Presidência Alvaro Dias (Podemos) é um dos nomes  na disputa pelo apoio da aliança. Segundo grupo, pesquisas vão definir nome do candidato a ser apoiado | Waldemir Barreto/Agência Senado
O senador e pré-candidato à Presidência Alvaro Dias (Podemos) é um dos nomes na disputa pelo apoio da aliança. Segundo grupo, pesquisas vão definir nome do candidato a ser apoiado| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Nove partidos pequenos planejam unir esforços para apoiar um único candidato à Presidência da República. Para isso, a chamada Aliança Patriótica Democrática Cristã, formada por PRTB, Podemos, PSC, PRP, Patriotas, PTC, DC (antigo PSDC), Avante e PROS, promete realizar três pesquisas. O objetivo é identificar, entre os nomes que já se apresentaram como pré-candidatos das siglas do bloco, qual terá força junto ao eleitorado para brigar eventualmente pelo segundo turno.

Até o momento, os nomes postos à mesa pelo grupo são Paulo Rabello de Castro (PSC), Alvaro Dias (Podemos), José Maria Eymael (DC) e Levy Fidelix (PRTB). O nome do general Hamilton Mourão, colega de legenda de Fidelix, é outra possibilidade apontada pela aliança.

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“Não há neste momento nenhum nome posto. Não pode ter”, afirma Fidelix. “Cada partido manterá suas candidaturas até o dia 4 de agosto, quando essas pesquisas apontarão qual o melhor nome”, informa. Ele insiste na ideia de que o nome de Alvaro Dias, melhor colocado do bloco na última pesquisa Datafolha, não está definido ainda ou na preferência dos partidos para sair como candidato ao Planalto. Pelo menos por enquanto.

“Primeiro vamos encontrar o candidato que se viabiliza melhor. Não significa que é o Alvaro Dias. E se for o Mourão, com 10 pontos? E se for o Levy Fidelix, com 6, ou o Paulo Rabello, com 7, o Eymael? Consenso haverá no dia 4, após as três pesquisas feitas, e essas apontarão qual o melhor nome, e depois a plataforma política será unificada”, garante.

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Segundo o último levantamento do Datafolha, divulgado em 11 de junho, Alvaro Dias aparece com 4% na preferência do eleitor com e sem o ex-presidente Lula entre os postulantes ao Planalto. Fidelix e Rabello aparecem com 1%. 

A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 7 de junho, e ouviu 2.824 eleitores em 174 municípios, com margem de erro de dois pontos percentuais e índice de confiança de 95%, o que significa que, se fossem realizados 100 levantamentos com a mesma metodologia, em 95 os resultados estariam dentro da margem de erro prevista.

Tempo de TV e fundo eleitoral

Com o nome definido, o grupo passa a discutir ideias para a formação de uma plataforma. Cada partido vai então apresentar proposições que serão incorporadas ao programa a ser apresentado pela candidatura.

“O objetivo é que tenhamos mais tempo de TV. Creio que a soma dos nove daria em torno de 1 minuto e 52 segundos”, calcula Fidelix. Ainda segundo o pai do ‘aerotrem’, a soma dos partidos deve viabilizar mais de 10 mil candidatos para o Congresso, assembleias legislativas e governos estaduais. Ainda segundo cálculos do líder do PRTB, somadas as legendas, serão quase R$ 100 milhões de fundo eleitoral.

No grupo, o Podemos de Alvaro é o partido com maior número de representantes no Congresso: cinco senadores e 16 deputados federais. O PROS soma 11 deputados e apenas um senador. O PSC conta com nove representantes na Câmara e o Avante, com cinco.

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Existe ainda a possibilidade de um décimo partido compor o grupo, mas o PRTB não informou qual sigla seria. Fidelix acrescenta que os partidos estão livres para compor regionalmente as alianças que entenderem ser positivas para a campanha dos pré-candidatos aos Executivos e legislativos estaduais. 

É candidato hoje, mas pode não ser amanhã

No último dia 20, o PSC oficializou Rabello como candidato do partido à presidência da República. O ex-presidente do BNDES afirmou que vai apresentar aos eleitores um plano de 20 metas inspirado em Juscelino Kubitschek, com propostas para tirar o país da crise política e econômica. Mas, segundo explicou Fidelix, o nome do candidato da aliança só será definido no dia 4 de agosto.

Em junho, o PTC desistiu da pré-candidatura do ex-presidente Fernando Collor. Em nota divulgada no dia 20 do mês passado, o partido anunciou que não lançaria candidatura própria ao Planalto.

“A direção nacional do PTC possui duas grandes responsabilidades junto ao partido. A primeira, com a sobrevivência do mesmo. A segunda, com os milhares de pré-candidatos a deputados federais, deputados estaduais e senadores filiados ao partido, onde todos estão trabalhando arduamente, com sacrifícios pessoais e profissionais para, além de se elegerem, levar o PTC a ultrapassar a cláusula de barreira, elegendo deputados federais e obtendo mais de 1,5% dos votos válidos nacionalmente”, explica a nota. 

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