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 | Wenderson Araujo/Gazeta do Povo
| Foto: Wenderson Araujo/Gazeta do Povo

De malas prontas para o Podemos, o deputado federal e pastor evangélico Marco Feliciano (PSC-SP) foi sondado pela direção de seu futuro partido para compor chapa, como candidato a vice-presidente, ao lado do senador Alvaro Dias, o presidenciável do Pode, como é conhecida a legenda. Um dos políticos evangélicos mais bem votados no país, Feliciano teria a missão de atrair o eleitorado desse segmento religioso. Os evangélicos representam hoje 32% da população brasileira.

O deputado confirmou a consulta, feita pela presidente do partido, a também deputada Renata Abreu (Pode-SP). Os dois conversaram na tarde desta quarta-feira, na sala de cafezinho da Câmara dos Deputados. “Respondi a ela: por que não? Todo mundo quer o apoio de um evangélico, mas é preciso saber escolher”, afirmou.

Essa foi a primeira conversa sobre o assunto. O nome de Feliciano na chapa agradaria Alvaro Dias. Feliciano contou à Gazeta do Povo que já foi sondado por dois outros presidenciáveis: Jair Bolsonaro (PSC) e Fernando Collor de Mello (PTC).

O pastor foi o quarto deputado federal mais votado do país, em 2014, com 398 mil votos. Ficou atrás somente de Celso Russomano (PRB-SP), Tiririca (PR-SP) e do próprio Bolsonaro. No seu primeiro mandato, em 2010, Feliciano foi eleito com cerca de 212 mil votos, o 12º mais votado. Em 2016, chegou a lançar candidatura a prefeito de São Paulo, mas se retirou da disputa para apoiar Russomano.

Colecionador de polêmicas

Na Câmara, o deputado coleciona polêmicas. A principal delas foi quando disputou, e venceu, a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Casa, em 2013. Acusado por opositores de ter posicionamentos racistas e homofóbicos, Feliciano bateu boca durante esses anos com representantes de entidades LGBTs e de outros segmentos da minoria. Ele negou ter esse comportamento.

“Se eu tivesse praticado o crime de racismo, a primeira pessoa a quem eu teria de pedir desculpa é a minha mãe. Ela não tem a pele negra, mas o cabelo é negro, os olhos são negros, o coração é negro. Como eu também sou”, disse o deputado na época.

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