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| Foto: Evandro Éboli/Gazeta do Povo

Aliado histórico do PT desde a redemocratização do país, o PCdoB lançou oficialmente a deputada estadual gaúcha Manuela D´Ávila candidata a presidente da República, nesta quarta-feira (1º). Mas a festa na convenção comunista teve um sentimento de data de validade. Isso porque Manuela é uma entusiasta da união da esquerda ainda no primeiro turno, diz que vai continuar trabalhando com afinco por essa parceria e que não faz nem questão de estar na eventual chapa composta por essas legendas. Nesse campo, além de PT e PCdoB, estão também o PDT e o PSB.

"Não serei óbice (a união da esquerda ainda no primeiro turno). Temos tempo. Sou uma entusiasta. Nosso campo tem pequenas diferenças, mas diante da crise que o país vive não é nada. A unidade sempre foi o meu objetivo", disse Manuela, que acredita numa união mesmo que não seja com os quatro partidos. 

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"Fizemos apelos públicos pela unidade. Dizem que a esperança é a última que morre, mas o esperançoso é que é o último a morrer. E estou esperançosa. Somos quatro pré-candidaturas. Não sou óbice que duas ou três delas se entendam. Temos tempos até o registro (dia 15 de agosto). Mesmo que eu não participe da chapa. Sou a única mulher feminista a disputar a Presidência. Única a denunciar o golpe (contra Dilma)". 

Manuela disse porém que se a unidade não sair no primeiro turno, pode ocorrer no segundo turno. Ela se considera uma candidata competitiva e que vai brigar pelos votos da metade da população que não se decidiu em quem votar e está desinteressada pela política. "Mas hoje a festa é minha. Aguardem os próximos capítulos". 

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A ligação do PCdoB com os petistas é umbilical. Manuela, no seu primeiro discurso já como candidata homologada pelos comunistas, enalteceu Lula. Citou seu nome cinco vezes e disse que o líder petista é vítima de um estado de exceção e que se trata do maior líder popular que o país já teve. 

"O Judiciário persegue a esquerda e amaldiçoa a política. Não há mais a presunção da inocência e há uma desproporcionalidade entre delito e pena. O juiz virou acusador. Vivemos um estado de exceção, que a periferia já viveu e que agora se generalizou. O ponto mais alto disso tudo é a prisão do ex-presidente Lula. Nós, aqui em Brasília, estamos livres para nos organizamos. E o maior líder popular do nosso país está encarcerado. Sem provas, de forma injusta", disse a candidata do PCdoB, que puxou o coro de "Lula Livre".

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