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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O laudo de avaliação judicial do tríplex no Guarujá atribuído ao ex-presidente Lula chegou à conclusão de que o imóvel vale R$ 2,2 milhões. O procedimento foi feito a pedido do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que determinou a venda do apartamento por meio de hasta pública.

A avaliação encontrou um fogão, um exaustor e uma geladeira, sem uso e desligados, no imóvel. Além disso há armários e camas “em bom estado de conservação” no imóvel, que foi uma vez descrito como um “tríplex Minha Casa, Minha Vida”, por Lula, que o considerou pequeno.

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Moro tomou a providência depois que a Justiça do Distrito Federal penhorou o tríplex num processo de cobrança de dívidas da construtora OAS. O juiz suspendeu o procedimento e determinou a venda do imóvel, que é considerado fruto de propina paga pela OAS a Lula pela execução de obras superfaturadas em refinarias da Petrobras.

Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão na ação penal que apurou sua relação com a OAS. Segundo a sentença do TRF-4 proferida em janeiro, o ex-presidente foi culpado dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro por participar no caso de desvios de recursos da Petrobras, no qual teria sido beneficiado com o apartamento no Guarujá.

Segundo o laudo, “no primeiro pavimento há uma sala com varanda, cozinha e área de serviço, lavabo e uma suíte” que não existia na planta original, modificada “para a inclusão deste dormitório”.

No segundo pavimento “existem três quartos compactos”, sendo um deles suíte, “um banheiro e um hall de distribuição”.

No terceiro pavimento há uma sala, churrasqueira e piscina. Coifa e armários desta área “apresentam sinais de desgaste e ferrugem”. Um elevador integra os três andares.

“O imóvel possui piso frio em todos os cômodos e armários planejados nos quartos, cozinha, área de serviço, área externa e banheiros”, segue o documento.

A oficial de Justiça que fez a avaliação esclareceu no laudo que se dirigiu ao local e que o porteiro, “sr. Alexandre”, informou que “as chaves do apartamento ficam com funcionários da empresa OAS”.

O funcionário deu a ela o telefone da empreiteira, que enviou dois funcionários ao local. Um deles era a engenheira Mariuza Aparecida da Silva Marques, que foi testemunha do processo contra Lula.

O fato de o ex-presidente nunca ter ficado com as chaves do imóvel e de ele estar até hoje em posse da empreiteira é um dos argumentos centrais da defesa de Lula. Os advogados alegam que o apartamento é da construtora e não pode ser atribuído ao ex-presidente.

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