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O presidenciável Jair Bolsonaro ao lado dos filhos em Taiwan, no início de março: visita foi amplamente noticiadas nas redes sociais da família. | Reprodução/Facebook
O presidenciável Jair Bolsonaro ao lado dos filhos em Taiwan, no início de março: visita foi amplamente noticiadas nas redes sociais da família.| Foto: Reprodução/Facebook

O ex-prefeito do Rio de Janeiro e atual vereador Cesar Maia, pai do presidenciável e presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), postou em sua conta no Twitter uma suposta carta da embaixada da China no Brasil com protestos à viagem de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e outros deputados brasileiros a Taiwan, no início deste mês. O documento tem o carimbo da Embaixada da República Popular da China, com data de 28 de fevereiro, e tem como destinatário a Executiva Nacional do Democratas (DEM). Não é possível verificar assinatura ou alguma outra marca de autenticidade no suposto ofício.

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Na viagem, Bolsonaro foi acompanhado dos deputados Ônyx Lorenzoni (DEM-RS) e dos filhos do presidenciável: Carlos (que é vereador no Rio), Eduardo e Flávio. As autoridades chinesas afirmam que a visita a Taiwan constitui uma violação do “Princípio de uma Só China e que não só afronta a soberania e integridade territorial da China, como também causa eventuais turbulências na Parceria Estratégica Global China-Brasil”, diz o ofício que Cesar Maia apresentou como da embaixada chinesa.

Sem contestar a veracidade do ofício, Lorenzoni criticou o documento e disse que foi algo elaborado por um “burocrata” da embaixada. “Isso é uma grande bobagem. Não foi uma visita organizada pelo governo brasileiro, mas por parlamentares que foram conhecer experiências na área de educação. Os problemas da China devem ficar na China. O Brasil é solução para a China, que compra aqui a comida que não tem lá. Esse documento é coisa de burocrata que quer criar uma celeuma desnecessária”, disse o deputado do DEM, que criticou o fato de o correligionário Cesar Maia dar divulgação ao documento chinês.

“O que causa estranheza é o vereador Cesar Maia dar publicidade a isso. No mais, a China que cuide dos problemas dela e, nós, dos nossos. Que brasileiro está interessado na questão de um governo comunista em detrimento a uma democracia”, completou Lorenzoni.

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Bolsonaro e seu grupo fizeram um giro pela Ásia na segunda quinzena de fevereiro que incluiu países como Japão e Coreia do Sul. Em alguns discursos, o presidenciável criticou a China. Até que num determinado evento, disse. “Me pediram para não falar mais da China, mas vou falar”.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil. Bolsonaro já repetiu em diversas ocasiões ser contrário ao avanço chinês no Brasil. “A China não está comprando no Brasil, está comprando o Brasil”, afirmou o pré-candidato em mais de uma entrevista.

Bolsonaro em Taiwan

Taiwan é considerada uma província rebelde pelo governo comunista da China, que considera a ilha como parte de seu território. Durante a visita à ilha asiática, Bolsonaro se encontrou com membros do governo taiwanes, o que pode ter causado a suposta indignação dos chineses. A agenda em Taiwan foi amplamente divulgadas nas redes sociais da família Bolsonaro.

O parlamentar se filiou ao PSL na quarta-feira (7), partido pelo qual pretende disputar a Presidência da República em outubro de 2018. Ele deve enfrentar o filho de César Maia nas urnas, que se lançou pré-candidato no mesmo dia pelo DEM.

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