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 | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Entre os pré-candidatos à Presidência da República, o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) é disparado o que mais se expõe. Está em plena campanha. Sua equipe já produziu material típico de disputa eleitoral: vídeo com ataques aos opositores, com voz de locutora em off; depoimentos de ex-funcionários que trabalharam com ele na iniciativa privada; biografia com fundo musical; jingle; e,claro, um bordão: "Chama o Meirelles". E o próprio disponibiliza o número de seu Whatsapp, que aparece na tela. "Anote aí o número do meu whatsapp. Manda uma mensagem que eu respondo", anuncia Meirelles. 

Toda essa mobilização tem suas razões: ficar mais conhecido entre a população, tenta sair do 1% de intenções de voto que obtém nas pesquisas eleitorais e mostrar ao comando de seu partido, o veterano MDB, que é sim um candidato competitivo. Ele corre contra o tempo. A convenção do partido que definirá o rumo que a legenda vai tomar acontece daqui a três semanas. 

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Numa dessas peças pré-eleitorais, aparece o depoimento de Jonis Martins, que trabalhou com Meirelles no Bank Boston, instituição financeira que o presidenciável do MDB presidiu. "Hoje eu peguei o elevador com o Henrique Meirelles. Essa humildade. Ele passa e te dá bom dia. Um brasileiro que foi presidente de um banco americano", diz Martins no vídeo, que circula nas redes sociais de Henrique Meirelles. 

O MDB tem dúvidas sobre a viabilidade eleitoral de seu correligionário. Os caciques divergem sobre a garantia de que o tamanho do partido e o tempo de rádio e TV vão alavancar sua candidatura. Pode não faltar dinheiro – que o candidato já disse que vai tirar do próprio bolso –, mas seu nome ainda carece de penetração popular, conhecimento e carisma. 

O engenheiro se apresenta não como um político profissional, mas como um gestor experiente e que já tirou o Brasil de duas crises econômicas. Meirelles tem citado Lula nas suas falas. Diz ter sido o responsável pela inclusão social alcançado nos dois governos do petista (foi chefe do Banco Central nesse período). E fala que começou a colocar a economia nos trilhos no governo de Michel Temer. Mas não é lulista nem temerista. "Sou Meirellista", responde. 

Um de seus vídeos ataca seus principais oponentes. Mas não é ele quem aparece narrando. Ciro Gomes (PDT) é apontado como um "candidato profissional desde 1982". Jair Bolsonaro (PSL) é apresentado como alguém que sustenta o discurso de crítica aos políticos, "mas que ele e sua família vivem da política há 30 anos". Marina Silva (Rede) também é apresentada como candidata profissional, fundadora do PT e que a "cada quatro anos aparece para disputar uma eleição". Geraldo Alckmin (PSDB) é citado como "mais uma vez candidato à Presidente da República". 

Meirelles já anunciou até sua primeira medida, se candidato e eleito for: "formar a equipe que o Brasil precisa".

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