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Presidente eleito Jair Bolsonaro já indicou 13 ministros até agora: intenção inicial era ter apenas 15 ministérios, mas número final pode chegar a 20. | Sergio Lima/AFP
Presidente eleito Jair Bolsonaro já indicou 13 ministros até agora: intenção inicial era ter apenas 15 ministérios, mas número final pode chegar a 20.| Foto: Sergio Lima/AFP

O presidente eleito Jair Bolsonaro deve completar as indicações do primeiro escalão do seu governo até o fim da próxima semana. Entre idas e vindas, ainda não está batido o martelo sobre qual será a configuração final da Esplanada dos Ministérios. 

Já são 13 os nomes de ministros confirmados até agora. Na última quinta-feira (22), o futuro chefe da Casa Civil e ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, disse que o novo governo pode ter até 20 pastas – hoje o governo Michel Temer tem 29. A intenção inicial do comandante era reduzir a atual estrutura para 15 ministérios. Depois esse número subiu para 16 e em seguida 17.

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Para chegar a uma conta final, Bolsonaro terá de aparar mais alguma arestas e resolver de uma vez por todas polêmicas como o Meio Ambiente. Veja as pastas que ainda estão desocupadas e que podem, inclusive, perder o status de ministério:

Ministério do Trabalho 

A manutenção da pasta ainda é uma incógnita. Em 7 de novembro, o presidente eleito disse que ela seria incorporada a alguma outra. No dia 13, voltou atrás. No dia seguinte, porém, em entrevista à TV Record, não deixou claro o que vai fazer. 

"Legislação trabalhista está preservada. Não importa se vai ter status de ministério, pouco tem a ver. [O Ministério do Trabalho] foi largamente usado para ações não republicanas ao longo dos últimos anos. Fazia de tudo, menos se preocupar com trabalho. Vai ser diminuído", afirmou Bolsonaro. 

O Ministério do Trabalho foi criado há 88 anos. A primeira afirmação do presidente eleito gerou uma onda de insatisfação. Não há especulações sobre quem pode assumir o cargo. 

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Ministério de Minas e Energia

Esse é outro ministério que ainda não tem indicação. Nesta sexta-feira (23), o nome do deputado federal Jaime Martins (Pros-MG) começou a circular como uma aposta para ocupar o cargo. Ele é amigo de Bolsonaro, mas seu partido se coligou ao PT na eleição presidencial. O nome de Jaiminho, como o parlamentar é conhecido, desagrada a ala militar da equipe bolsonarista. No entanto, o comandante ainda não confirmou a indicação. 

O deputado não é o primeiro nome cogitado para a vaga. Essa semana já circularam que poderiam ocupar o comando das Minas e Energia o ex-secretário-executivo Paulo Pedrosa, um defensor da privatização da Eletrobras, e também o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires.

Ministério da Infraestrutura

A nova pasta deve agregar o atual Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil e também parte das atribuições do Ministério das Cidades e da Integração Nacional. Ainda não está certo se ela abarcará ainda algo do Ministério das Comunicações, mas uma coisa é certa: ficará responsável pela retomada de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que estão paradas.

A superpasta tem gerado grandes discussões internas sobre qual perfil, afinal, deverá ter um ministro capaz de gerenciar tantas áreas distintas. O general Oswaldo Ferreira, militar da reserva, que teve papel de destaque servindo ao Exército durante a construção da BR-163, entre o Mato Grosso e o Pará, era um dos nomes mais cotados para assumir o papel, mas ele teria desistido da missão. 

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O novo cogitado para a pasta passou a ser o general também da reserva Jamil Megid Júnior, que inclusive já trabalha na equipe de transição. Ele foi vice-chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Exército (DEC) e trabalhou na segurança de grandes eventos, como a Rio +20, a Jornada Mundial da Juventude, a Copa do Mundo e a Olimpíada de 2016.

Ministério do Meio Ambiente

Após a polêmica sobre a extinção da pasta e o recuo de Bolsonaro, o nome cotado para comandar o ministério é o coordenador do grupo de trabalho na transição, Evaristo de Miranda. Ele é doutor em ecologia e diretor da Embrapa. 

A orientação da cúpula da equipe do presidente eleito é que o Meio Ambiente trabalhe em sinergia com a Agricultura, pasta com a qual o ministério seria fundido e que será comandado pela deputada Tereza Cristina (DEM-MS). 

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Até o fim da semana, a expectativa é que o grupo de trabalho coordenado por Miranda apresente um relatório sobre a atual situação do Ministério do Meio Ambiente a Bolsonaro e seus nomes mais próximos. 

Ministério da Família ou Cidadania

O novo ministério abarcaria todas as questões ligadas a direitos humanos, política para mulheres, minorias e programas sociais, como o Bolsa Família. Em princípio, o nome ventilado desde o início para ocupar o cargo é do senador Magno Malta (PR-ES), que chegou a ser cotado para vice de Bolsonaro. Sem seu partido se aliar ao comandante, ele preferiu tentar a reeleição, mas perdeu e a partir de fevereiro de 2019 estará desempregado. Restou a ele tentar uma vaga no governo do aliado. 

Há indefinições ainda sobre as áreas de cultura, turismo e esporte, que inicialmente seriam agregadas a outros ministérios. 

Ministério das Cidades

 A equipe do presidente eleito teria sondado o deputado Celso Russomanno (PRB-SP) para assumir o Ministério das Cidades, pasta que tem um dos maiores orçamentos da Esplanada e cuida de programas como o Minha Casa, Minha Vida. Pelo desenho em estudo na equipe de transição, a ideia é que a pasta seja unificada com Integração Nacional e Turismo. Mas tudo ainda é especulação. Bolsonaro já disse em outros momentos que essa pasta poderia ser fundida com outra.

A indicação de Russomano atenderia ao PRB, sigla da Igreja Universal do Reino de Deus que declarou apoio a Bolsonaro no segundo turno da corrida presidencial.

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