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| Foto: Alan Santos/PR

Nos 40 minutos que falou para os convidados da Câmara de Comércio americana o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a ressaltar a importância de acordos bilaterais que beneficiem tanto o Brasil, quanto os Estados Unidos, o que ele chamou de “comércio ganha-ganha” em entrevista na manhã desta segunda-feira (18). O ministro também falou que o Brasil está pronto para negociar –“estamos com a porta da loja aberta. Podem comprar” – e que se os americanos escolherem a música certa “o Brasil está disposto a bailar”

O evento promovido na Câmara de Comércio destinado à empresários americanos com interesse de investir no Brasil, foi chamado em Brazil Day in Washington. Paulo Guedes foi o palestrante que mais falou. Afirmando que o Brasil tem um programa agressivo na economia, o ministro usou o leilão de aeroportos na última semana como um exemplo das privatizações que o governo brasileiro pretende fazer nos próximos anos.

“Não só as empresas estatais não estão funcionando com eficiência. Mas estão prejudicando o investimento privado. Quantas empresas estatais são ninhos de corrupção? Vendemos 14 aeroportos, daqui a 3, 4 meses estaremos vendendo o pré-sal”, disse.

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Para atrair os empresários americanos e estimular uma concorrência com a China, Paulo Guedes usou novamente uma referência com a dança pra falar do principal parceiro comercial do Brasil. “Os chineses dançam bem, são nossos primeiros parceiros comerciais”, afirmou. “Precisamos desses investimentos, da China, Europa, do mundo inteiro”.

Entre as medidas para alavancar a economia que Guedes apresentou em seu discurso, estão as duas reformas propostas pelo governo de Jair Bolsonaro. “Em 45 dias o presidente conseguiu enviar duas reformas importantes para o Congresso. A da previdência e a anti-crime. Hoje o Brasil perde 60 mil cidadãos por ano por conta da violência, é uma Guerra do Vietnã por ano”.

A questão dos juros da dívida interna brasileira também foi tratada como um dos problemas para a estagnação da economia. “São 100 bilhões de dólares pagos em juros todo o ano, é o mesmo valor que toda a Europa paga”.

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Paulo Guedes falou por quase uma hora em inglês, sem precisar da ajuda de tradutor. Se sentindo à vontade, fez questão de falar sobre a figura de Jair Bolsonaro, numa busca de apresentar o presidente aos convidados. “Falam que ele é mal-educado, agressivo, mas ele tem princípios”.

“A democracia nunca esteve em risco. O presidente tem 30 anos de Congresso e ele sempre se recusou a participar do jogo. Ele quer quebrar um paradigma, parar de usar as empresas estatais para fazer acordo”, disse.

O ministro encerrou o discurso dizendo que os Estados Unidos são o único obstáculo para a entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), e que fazer parte da organização seria importante, mas que o Brasil está agora no rumo certo e que vai avançar de qualquer jeito. “O importante é termos parceiros estratégicos pro futuro”.

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