• Carregando...
Preservativos da Natex. | Gleison Miranda/Ministério da Saúde
Preservativos da Natex.| Foto: Gleison Miranda/Ministério da Saúde

O governo do Acre anunciou a retomada da produção na fábrica estatal de camisinha de Xapuri, que estava parada desde junho.

Segundo a gestão Tião Vianna (PT), a volta das operações foi decidida após conversas sobre o valor da produção e o processo de entrega.

O preço pago pelo Ministério da Saúde, de R$ 0,14 por preservativo, era apontado como insuficiente para cobrir os custos da fábrica. Não foi informado qual será o valor pago a partir de agora.

LEIA MAIS: Pacote de privatizações volta ao Congresso às vésperas da eleição. Será votado?

De acordo com o governo acriano, a Natex está com 5,5 milhões de preservativos prontos para serem entregues e fabricar mais 48 milhões para atender a demanda.

Com isso, chegará a cerca de 20% do mercado de camisinhas distribuídas no SUS, principalmente aos estados da região Norte, ao Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

Histórico

Com o nome de Natex, a fábrica foi inaugurada em 2008 com investimentos do Ministério da Saúde, na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do então governador Jorge Viana (PT). A administração ficou a cargo da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre.

Localizada na terra do líder ambientalista Chico Mendes, a fábrica foi pioneira por utilizar látex de seringueiras nativas. A ideia é que ela gerasse renda à comunidade local, ao mesmo tempo em que abastecesse o programa nacional de distribuição de camisinhas.

DESEJOS PARA O BRASIL: Um Estado leve e ágil

O Ministério da Saúde comprometeu-se a comprar toda a produção, com capacidade anual de 100 milhões de preservativos (quase um quarto do total distribuído ao ano no país), o que por algum tempo de fato ocorreu. A quantidade adquirida, porém, despencou em meio a dificuldades financeiras do estado e a uma nova dinâmica na produção de matéria-prima.

Segundo a pasta, o contrato para o período de 2015 e 2016 previu 100 milhões de camisinhas. Já a compra mais recente, para fornecimento até 2017, foi de 41 milhões de unidades.

Em 2016, diante da crise financeira, o governo do Acre tentou privatizar a estatal, mas não houve interessados.

Neste ano, além da questão financeira, outro problema surgiu: a disponibilidade de látex nativo. Sem vender para a indústria, os seringueiros encontraram outro cliente que comprava a borracha sólida, menos trabalhosa para extrair do que o látex.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]