• Carregando...
Carlos Marun: “O governo espera daqueles governadores que têm recursos a ser liberados (...) uma reciprocidade”. | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Carlos Marun: “O governo espera daqueles governadores que têm recursos a ser liberados (...) uma reciprocidade”.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, afirmou nesta terça-feira (26) que a liberação de recursos de bancos públicos em troca de apoio à reforma da Previdência não é “chantagem”, mas sim uma “ação de governo”. Após participar de uma reunião com o presidente Michel Temer (PMDB) no Palácio do Planalto, Marun admitiu que está usando a liberação de dinheiro da Caixa Econômica Federal como moeda de troca com governadores para que eles pressionem deputados a aprovarem as mudanças nas regras de aposentadoria.

“Financiamentos da Caixa Econômica Federal são ações de governo. Senão o governador poderia tomar esse financiamento no Bradesco [banco privado]”, disse Marun. “Não entendo que seja uma chantagem o governo atuar no sentido que um aspecto tão importante para o Brasil se torne realidade. O governo espera daqueles governadores que têm recursos a ser liberados, financiamento a ser liberado, uma reciprocidade no que tange a questão da Previdência”, completou.

LEIA TAMBÉM: Carlos Marun conseguiu convencer uma pessoa sobre a reforma da Previdência: a própria mãe, de 84 anos

Governadores têm reclamado da prática, mas Marun a tratou com naturalidade. Ao ser questionado sobre possíveis retaliações a quem não ajudar na aprovação da proposta, o ministro disse que “sendo uma ação de governo, o nível de apoio que o governador puder prestar à questão da reforma vai considerado” pela equipe do presidente.

Segundo ministro, grupo dos que não querem a reforma é cada vez menor

Responsável pela articulação política do Planalto, o ministro afirmou ainda que Temer vai fazer uma reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir uma estratégia para a aprovação da reforma da Previdência em fevereiro.

O governo já liberou cargos e emendas parlamentares, além de verba para prefeitos e governadores, e, mesmo assim, não chegou nem perto dos 308 votos necessários para aprovar a medida na Câmara. A votação, prevista para dezembro, foi adiada para 19 de fevereiro.

Segundo Marun, o foco do Planalto é, mais uma vez, convencer os deputados da base que ainda resistem em votar as novas regras de aposentadoria que, na sua avaliação, pertencem a um grupo “casa vez menor”.

SAIBA MAIS: Carlos Marun tem carreira política meteórica e controversa

Um novo balanço de votos deve ser apresentado a Temer no meio de janeiro. O deputado Beto Mansur (PRB-SP), da tropa de choque do presidente, pretende ir ao Planalto ainda nesta terça para, segundo ele, “atualizar a planilha” de votação.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]