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| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O governo vai se comprometer em reduzir o preço do diesel em R$ 0,46 nas refinarias e pressiona distribuidoras para que o valor seja repassado para as bombas. Em reunião neste domingo (27), no Palácio do Planalto, o governo pediu a representantes de distribuidores de combustíveis para repassar o valor da baixa no diesel para as bombas. Promete usar a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e os Procons para fazer pressão sobre os donos de postos de combustíveis. Nessa cifra, entram, além do desconto já anunciado pela Petrobras (de 10% do preço do combustível), também a isenção da Cide e parte do PIS/Cofins. 

A avaliação é que o governo não consegue retirar todo o valor do PIS/Cofins sobre o diesel, pois tem outros impactos fiscais a cobrir com o pacote de medidas para o setor. Mas a pressão é elevada e pode ser levado a ceder.

Já se sabe que, além da Petrobras, a União terá que ressarcir também as empresas que vendem diesel importado no Brasil. O combustível que vem do exterior responde por 20% do mercado.

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Essas compensações às importadoras e também aos estados - para isentar a cobrança do pedágio no eixo suspenso de caminhões - pode elevar a despesa do governo (R$ 4,9 bilhões até o fim do ano) para “praticamente o dobro”. O governo deverá editar uma medida provisória para estender o desconto no pedágio, já válido para as estradas federais, para todas as estaduais, com respectivo ressarcimento pela União.

Na última quinta-feira (24), o Ministério da Fazenda informou que o governo federal vai ressarcir a Petrobras por manter os preços por um mês, suspendendo os reajustes diários do diesel até o fim do ano.Os caminhoneiros querem, porém, que além do reajuste mensal, o governo deixe congelado o preço do combustível pelos primeiros 60 dias.

A parte técnica do governo resiste em ceder neste ponto, afirmando que se o preço sofrer uma escalada poderá representar uma quantia significativa para ressarcimento pelo governo.

É posição firme para o governo, porém, que a Petrobras (e seus acionistas) não sejam afetados pela política do governo federal para o diesel.

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