• Carregando...
 | chs/dc/CHRISTOPHE SIMON
| Foto: chs/dc/CHRISTOPHE SIMON

O juiz Odilon de Oliveira, da 3.ª Vara Federal de Campo Grande, decretou a prisão preventiva – sem prazo para terminar – do italiano Cesare Battisti. Ele havia sido preso em flagrante na quarta-feira (4) tentando atravessar a fronteira do Brasil com a Bolívia. Com ele, a Polícia Federal apreendeu US$ 6 mil e 1.300 euros, além de “documentos diversos” e, ainda, o que os agentes rotularam de “objeto não classificado”.

“A ordem pública recomenda a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva”, afirmou o juiz. “O contexto geral da ocorrência faz concluir, ao menos em caráter provisório, que Cesare Battisti, procurava se evadir do território nacional, temendo ser efetivamente extraditado.”

O magistrado afirmou ainda: “Considerava essa tentativa de fuga, nos limites de uma convicção provisória dever ser ela levada em conta também para efeitos de garantia da efetiva aplicação da lei penal.”

Cesare chegou por volta das 15h30, algemado, à sala de audiência, do Fórum Federal de Corumbá. O italiano foi ouvido por meio de videoconferência. Odilon de Oliveira estava em seu gabinete, em Campo Grande.

A PF autuou Battisti em flagrante por evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Em seu interrogatório, o italiano – condenado na Itália à prisão perpétua por terrorismo e com pedido de extradição feito pelo governo italiano ao Brasil – disse que ia fazer pescaria e comprar roupas de couro no país vizinho.

Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália sob acusação de quatro assassinatos. No último dia de seu segundo mandato, em 2012, o então presidente Lula assinou decreto no qual negou ao governo italiano o seu pedido de extradição.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]