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| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Em seu primeiro ato como ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann decidiu trocar o comando da Polícia Federal e demitir o atual titular Fernando Segovia, nesta terça-feira (27). Segovia permaneceu menos de quatro meses no cargo. Ele havia tomado posse em 20 de novembro do ano passado.

A saída dele ocorre após sofrer uma série de desgastes. Segovia se viu sob fogo cruzado após declarar em entrevista à agência Reuters que não havia prova contra o presidente Michel Temer no inquérito do decreto dos Portos e que a tendência era que o caso fosse arquivado. Foi obrigado a dar explicações ao ministro Luis Roberto Barroso, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, e alvo de censura pública de delegados e agentes da PF, além da procuradora-geral da República Raquel Dodge.

Temer teria aprovado a decisão de Jungmann, que escolheu o delegado Rogério Galloro para assumir a direção da PF. Galloro já era o favorito do ministro da Justiça, Torquato Jardim, para assumir o cargo quando Leandro Daeillo decidiu se aposentar, em novembro do ano passado. Mas acabou preterido por Segovia, que tinha mais trânsito entre nomes históricos do PMDB, como o ex-presidente e ex-senador José Sarney.

Após a ascensão de Segovia, Galloro migrou para a Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça. Ele integra o Comitê Executivo da Interpol.

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