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O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) alertou para o calibre da arma usada em atentado contra acampamento pró-Lula em Curitiba | Reprodução/Facebook
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) alertou para o calibre da arma usada em atentado contra acampamento pró-Lula em Curitiba| Foto: Reprodução/Facebook

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) chegou no fim da tarde deste sábado (28) ao acampamento Marisa Letícia, onde apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram alvo de um ataque a tiros durante a madrugada. A visita faz parte da estratégia do PT de manter a forte a mobilização contra a prisão de Lula. Também estão mantidos os atos para terça-feira (1.º de maio), Dia do Trabalho.

Em vídeo, Lindbergh destacou uma informação repassada pelos policiais que periciaram o acampamento. Foram recolhidas cápsulas de pistola 9 mm no local. “Chamo a atenção porque estamos falando de pistola 9 mm. A mesma que executou a Marielle e Anderson, a polícia viu aqui”, afirmou. Segundo ele, a arma era de uso exclusivo de policiais federais e de militares. Mas as Portarias n.º 966 a 969 do Comando do Exército Brasileiro, de 8 de agosto de 2017, liberaram algumas armas de fogo de calibre restrito para uso particular de integrantes de instituições públicas. As novas resoluções permitiram o uso delas por agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), policiais rodoviários federais e ferroviários, policiais civis, policiais militares e bombeiros militares dos estados e do Distrito Federal, agentes das polícias legislativas do Congresso Nacional, da carreira de auditoria da Receita Federal e analistas tributários

“Não estou acusando nenhum policial, mas aqui tem uma linha de investigação. Alguma arma dessas foi emprestada? Alguma arma dessas foi roubada? Vou me dirigir ao ministro da Justiça, porque é necessário investigação da Polícia Federal”, afirmou no vídeo gravado no acampamento. Segundo ele, é preciso uma mobilização nacional para frear a onda de crimes. “Quero chamar a atenção que é preciso formar uma frente ampla, antifascista. Quero chamar atenção das pessoas que não gostam da esquerda, mas que não podem concordar com isso. Não é mais discurso de intolerância e ódio, é agressão, são práticas fascistas”.

Tal como a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lindbergh criticou a Rede Globo e o juiz Sergio Moro pelos atos violentos contra aliados de Lula. O senador criticou ainda o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), pelos discursos que faz. “Eu acuso, responsabilizo a Rede Globo, pela campanha de ódio, de intolerância contra a esquerda brasileira. Criaram isso, isso é fruto do golpe. Acuso também o Bolsonaro, com seu discurso de ódio, de intolerância. Ele prega o extermínio dos expositores. O juiz Sergio Moro é outro responsável, pela sua vaidade, pela escalada de ódio contra a esquerda brasileira”, afirmou, em vídeo divulgado mais cedo em sua conta no Facebook.

Segundo Lindbergh, atos violentos servem como estímulo para maior mobilização. “Se querem que o acampamento se desmobilize, agora será o oposto disso, será mais mobilização”, disse no vídeo em que anunciou que viria para Curitiba. O senador afirmou que o PT vai exigir que se encontrem os responsáveis por mais esse crime, e criticou a demora nas investigações das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, que foram executados a tiros em 14 de março.

Caravana

O Paraná também foi cenário de outro episódio de ataque a tiros contra correlegionários do PT. Em 27 de março, quando Lula ainda estava livre e cruzava o Paraná em viagens, sua caravana foi atingida a tiros. Em laudo divulgado pela Polícia Científica do Paraná em 5 de abril, ficou comprovado que um ônibus foi atingido por dois disparos de arma de fogo. O atirador estaria a 18,9 metros à direita do veículo, quando o ônibus já havia passado por ele. O laudo também conclui que ele estaria a uma altura de 4,36 metros acima do ônibus, possivelmente em um barranco. A polícia também concluiu que o tiro, possivelmente, partiu de uma arma de calibre 32, bem obsoleta, que não é mais encontrada para comprar, assim como a munição, conhecida como “garrucha”. Um segundo ônibus da caravana foi atingido por uma pedrada. As investigações, realizadas pela Delegacia de Laranjeiras do Sul, continuam na tentativa de se descobrir a autoria do disparo.

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