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Caseiro do sítio de Atibaia afirmou em depoimento que a OAS chegou a realizar, sem sucesso, uma impermeabilização no lago da propriedade. | Jorge Araújo/Folhapress
Caseiro do sítio de Atibaia afirmou em depoimento que a OAS chegou a realizar, sem sucesso, uma impermeabilização no lago da propriedade.| Foto: Jorge Araújo/Folhapress

O caseiro do sítio de Atibaia (SP) que seria de Lula, Élcio Pereira Vieira, conhecido como Maradona, afirmou ao juiz Sergio Moro nesta quarta-feira (20) que o ex-presidente e o empreiteiro da OAS Léo Pinheiro conversaram no local em 2014. Segundo Maradona, a conversa aconteceu antes das intervenções na cozinha e no lago do sítio.

Na segunda-feira (18), o encarregado de obras da OAS Misael de Jesus Oliveira havia dito a Moro que, em 2014, foi convocado para fazer uma reforma no sítio e que, durante as obras, a mulher de Lula, Marisa Letícia, teria feitos alguns pedidos específicos a ele.  

Caseiro relata ter visto conversa de Leo Pinheiro com Lula

Maradona relatou ao juízo que o empresário Fernando Bittar, proprietário formal do sítio, ligou e avisou que Léo Pinheiro, então presidente da OAS, iria ao local. “Não participei. Só abri o portão. Não fiquei por perto. Não sei o teor da conversa.”

Segundo ele, além de Pinheiro e Lula, também participou da conversa Paulo Gordilho, ex-arquiteto da empreiteira. Maradona disse que Bittar estava na propriedade nesse dia, mas que já havia saído no momento do encontro.

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Em abril de 2017, Gordilho disse a Moro que foi à casa de Lula, em São Bernardo do Campo (SP), para mostrar o projeto de reforma da cozinha do sítio.

Maradona afirmou acreditar que Gordilho decidiu com Marisa como seria feita a reforma na cozinha. “A dona Marisa gerenciava essa parte da cozinha (...) Totalmente a dona Marisa.” O caseiro disse não saber quem pagou pela obra. Segundo ele, a OAS também chegou a realizar uma impermeabilização no lago, sem sucesso.

Maradona prestou depoimento como testemunha de defesa de Bittar.

Moro marca interrogatório de Lula para 11 de setembro

O juiz Sergio Moro marcou para o dia 11 de setembro o terceiro interrogatório de Lulano âmbito da Operação Lava Jato. Desta vez, o petista vai falar em ação penal referente às reformas do sítio em Atibaia.

O interrogatório do acusado marca a fase final da ação penal, em que restam apenas, depois, as alegações finais das defesas e do Ministério Público, antes de ser proferida a sentença.

Do que Lula é acusado

Nessa ação, Lula é acusado pela força-tarefa da Lava Jato de ter se beneficiado de R$ 1,02 milhão em benfeitorias no sítio, que teriam sido pagas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht. Segundo a acusação, o ex-presidente era o verdadeiro dono do sítio, cujos proprietários formais são os empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar.

Lula nega todas as acusações.

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